Abordagens da Polícia Militar lideram queixas na ouvidoria

 A Abordagem policial tem liderado o número de queixas na Ouvidoria Geral da Polícia de Mato Grosso. Nos últimos três anos, 3.579 atendimentos foram registrados, sendo que destes 883, o que corresponde a 24,6%, foram relacionados à abordagem da Polícia Militar. Para a população, os policiais excedem nas agressões físicas e psicológicas.

O sentimento de insegurança também está na lista das reclamações, 627 (17,5%) das pessoas afirmam que há descaso da polícia diante de crimes como assaltos e roubos. Segundo elas, as chamadas não são atendidas.

Para o ouvidor geral de polícia de Mato Grosso, Teobaldo Witter, os números são preocupantes. “Desde que assumi a Ouvidoria [2011], a média de reclamações gira em torno de 300, e não apresenta tendência em diminuir, o que é extremamente preocupante”.

A Polícia Civil também aparece nas estatísticas da Ouvidoria. Entre 2012 e 2014, foram registradas 230 queixas. “Infelizmente é um problema que se estende à área de segurança pública, e não se limita apenas a PM. E o trabalho para que isso mude é demorado e minucioso”.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) informou que o policial, durante sua formação, passa por um treinamento específico para por em prática todas as técnicas corretas e necessárias durante uma abordagem.

Casos de abordagem inadequada são apurados via corregedoria, quando denunciados. Em relação à sensação de insegurança, a pasta ressaltou que está realizando a operação “Impacto”, desde o dia 6 de janeiro, que dentre os principais objetivos é a maior presença da Polícia nas ruas, aumentando a sensação de segurança.