Justiça faz primeira audiência do processo que tem João Emanuel como principal investigado
A oitiva que tentou ser adiada pela defesa do vereador cassado, que alegou suspeição, foi proferida pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado.
O processo é referente à denúncia feita pelo Ministério Público Estadual, de que houve o desvio de R$ 1,6 milhão dos cofres públicos, através de licitações realizadas pela Câmara Municipal de Cuiabá, quando o vereador cassado era presidente da Casa.
Também respondem como réus deste processo, o ex-deputado estadual Maksuês Leite, dono da gráfica Propel, envolvida no suposto esquema, o advogado Rodrigo Cyrineu que era responsável pelo setor jurídico da Câmara, o ex-chefe do almoxarifado, Renan Moreno Lins Figueiredo e Gleisy Ferreira de Souza, que seria ligada à gráfica.
Como o número de réus e testemunhas do processo é grande, a magistrada determinou que os dias 30 de janeiro, 2, 6 e 9 de fevereiro também sejam usados para dar continuidade às oitivas.
PEDIDO NEGADO
O pedido de exceção de suspeição feito junto ao Judiciário mato-grossense, pela defesa de João Emanuel, que foi negado pela juíza Selma Rosane, alegava que a mesma teria uma pré-disposição em condenar o ex-vereador, já que em seu pedido de prisão, expedido em 2014, a magistrada teria usado “expressões condenatórias” ao se dizer enojada, ter tachado o fato de absurdo e criminoso.
Em seu despacho a juíza alegou que os termos não teriam sido usados como prejulgamentos.
“Naqueles autos, fiz as afirmações grifadas na inicial e reitero-as nesse momento e reafirmo que nenhuma delas significa qualquer prejulgamento, mas apenas e tão-somente expressa o entendimento jurídico e a convicção firmada, quando da análise das provas trazidas pelo Ministério Público, diga-se, não repetíveis, que embasaram e fundamentaram a decisão proferida”, diz trecho da decisão.
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