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POLÍTICA
Quarta - 27 de Agosto de 2014 às 05:33
Por: Neusa Baptista

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A reunião, que aconteceu na sede do Iromat, no bairro do Porto, durou toda a tarde de terça-feira
A reunião, que aconteceu na sede do Iromat, no bairro do Porto, durou toda a tarde de terça-feira
Em reunião com lideranças ligadas a 27 sindicatos, 4 federações e 2 centrais sindicais de trabalhadores de diversos setores na tarde de terça-feira (26), o deputado federal Wellington Fagundes, candidato a senador pelo PR, assumiu compromisso de defesa das demandas das categorias. Ele garantiu também que, caso eleito, terá o suplente da chapa, o professor Manoel Motta (PCdo B) como seu executivo, com a  missão de subsidiar sua ação na área trabalhista, uma vez que Motta é profundo conhecedor de política e militante dos movimentos sociais.

A reunião, que aconteceu na sede do Iromat, no bairro do Porto, durou toda a tarde. Os sindicalistas repassaram ao candidato um documento com as pautas prioritárias das categorias, elaborado pelas centrais sindicais e que está em discussão em nível nacional, algumas delas em tramitação há mais de 10 anos no Senado.

No documento, os sindicalistas esclareceram que o apoio a Fagundes é uma iniciativa pessoal de cada militante, não significando apoio oficial das entidades nas quais atuam. Eles discutiram com os candidatos sobre temas como a igualdade salarial entre homens e mulheres, a redução da carga horária de trabalho de 44 para 40 horas e a luta contra a regulamentação da terceirização abusiva, os ataques à representação sindical e à sustentação das entidades, bem como os projetos que prevêem alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em prejuízo de direitos dos trabalhadores, entre outros.

A expectativa dos sindicalistas é de que, ao abrir diálogo direto com o candidato, possam garantir que ele atue em defesa desta classe, engrossando o coro dos senadores que a apoiam, como é o exemplo do senador Paulo Paim (PT). O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (FETIEMT), Ronei de Lima, explicou a importância da aproximação com o parlamentar. “Temos bancadas em defesa do agronegócio, do empresariado, mas a quantidade de parlamentares que se aliam à luta sindical é muito pequena. É uma disputa desigual. Por isso, ultimamente, temos lutado para não perder direitos, em vez de ampliá-los. Precisamos de um senador comprometido com a categoria”.

No auditório, estavam sindicalistas de Cuiabá e do interior do Estado, representando setores da indústria, hotelaria, produção de derivados de petróleo e de funcionários de Câmaras municipais, entre outros. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, salientou que já era hora de  o movimento sindical tomar partido e envolver-se mais no cenário político. “O próprio movimento está percebendo esta necessidade. Sem união, estamos deixando o caminho livre para sermos ‘engolidos’ na questão da representatividade”.

O presidente do sindicato da mesma categoria, em Cáceres, Hélio Cardoso da Silva, lembrou ser esta a primeira vez que uma iniciativa como esta é realizada em Mato Grosso. “Faltava esta união em torno das nossas demandas, faltava incentivo para buscar os candidatos, até porque muitos estão desacreditados”. Olívio Almeida, do setor de construção e mobiliário de Barra do Garças, avaliou como válido este movimento, embora reconheça a necessidade de acompanhar o candidato, uma vez eleito. “É preciso que ele esteja do nosso lado, que possamos bater na sua porta depois e sermos atendidos”.

Representante dos trabalhadores em madeireiras do Estado, o sindicalista Antônio Alves Feitosa destacou a urgência de tal posicionamento por parte das entidades. “Esta é uma ótima iniciativa, que já deveria ter acontecido há muitos anos. Ainda estamos engatinhando neste terreno, mas poderemos contar com uma pessoa que realmente defende e conhece a luta dos trabalhadores”, comentou ele, referindo-se especialmente ao professor Manoel Motta.

Para Raquel Ferreira dos Santos, do setor de construção e mobiliário de São José do Rio Claro, quanto mais rápida for a adesão do movimento sindical a esta iniciativa, melhor. “Temos bancadas representando diversos segmentos, mas aos trabalhadores não, com isso somos muito prejudicados”.

Para o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores em Mato Grosso (NCST-MT), Divino Braga, a realização do ato de apoio a Fagundes é um sinal de que o movimento sindical de Mato Grosso evolui, pois o mesmo já acontece em outros estados. “Temos a missão de mostrar ao trabalhador que não basta votar, é preciso observar o perfil de quem se está votando, para não ficar no desgaste e na desvantagem”.

Durante o ato, Manoel Motta agradeceu o apoio. “As lideranças são importantes e a gente sabe o que cada uma delas representa, o significado de cada uma delas. É importante estar aqui discutindo questões fundamentais para as categorias”.





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