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POLÍCIA
Quinta - 29 de Maio de 2014 às 06:52
Por: Mídia News

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O senador Pedro Taques, que recebeu dinheiro de empresário investigado pela Polícia Federal
O senador Pedro Taques, que recebeu dinheiro de empresário investigado pela Polícia Federal
A Operação Ararath, da Polícia Federal, continua a repercutir na imprensa nacional. Reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo", neste domingo (25), relatou a relação entre um dos alvos da PF, o empresário Fernando Mendonça, e o senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato ao Governo de Mato Grosso.

Em sua campanha ao Senado, em 2010, Taques recebeu de Mendonça R$ 230 mil - o equivalente a 20% de toda a sua arrecadação. O jornal cita na reportagem que Taques mantém empregada, em seu gabinete, uma filha do empresário investigado.


O empresário Fernando Mendonça, maior financiador da campanha do senador Pedro Taques (PDT-MT) em 2010, é apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos operadores do suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria abastecido campanhas eleitorais em Mato Grosso.


Mendonça é sócio de uma cadeia de supermercados atacadistas e presidia o PDT no Estado até o fim do ano passado. Uma filha dele é funcionária do gabinete de Taques no Senado.

O empresário doou, por meio da Vale Formoso Distribuição Ltda., razão social do Atacado Mendonça, R$ 230 mil para a campanha de Taques ao Senado.


O valor representa 20% do total de R$ 1,1 milhão doado ao parlamentar em 2010, e faz de Mendonça o maior doador de campanha. Hoje pré-candidato ao governo estadual, Pedro Taques não é investigado na Operação Ararath, que apura lavagem de dinheiro e operação financeira clandestina.

Mendonça, sim, é investigado. Em fevereiro, ele foi alvo de busca e apreensão em sua casa e uma de suas empresas.

Entre outras operações identificadas como ilícitas pela PF está uma nota promissória de R$ 4,4 milhões em favor de uma das empresas de Mendonça (Comércio Regional de Alimentos), assinada por Eder Moraes, que foi secretário de Fazenda do governo Blairo Maggi (PR) e é apontado como o principal operador do esquema. Moraes foi preso na terça-feira, e está no presídio da Papuda, em Brasília.

A nota era datada de 14 de maio de 2010, com vencimento em 30 de junho. Lembrando tratar-se de “pleno ano eleitoral”, a PF anotou: “Trata-se de uma operação financeira de grande vulto realizada de forma clandestina com o uso, inclusive, da fachada da empresa do ramo atacadista. Eis um entre tantos indícios de que Fernando Mendonça França é um dos operam instituição financeira clandestina no Estado”.


No fim de 2013, Mendonça afastou-se da direção partidária. À época, Taques afirmou que a atitude não guardava nenhuma relação com a Operação Ararath, e sim com mudanças em diretórios do PDT em todo o Estado de Mato Grosso.

Uma filha de Mendonça, Ariane Victor de Matos Mendonça, é funcionária do gabinete de Taques no Senado. Ela trabalha, segundo o senador, no “núcleo de comunicação”, onde faz assessoria e opera as redes sociais do mandato parlamentar.

Defesa

Taques, que contou ser amigo de Fernando há 15 anos, disse que recebeu a notícia da investigação com “surpresa”. “Não posso ser responsabilizado por um ato que não é meu. Ele tem direito de defesa. As instituições tem que funcionar e (o caso) tem que ser apurado”, afirmou o senador.




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