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POLÍCIA
Sexta - 23 de Maio de 2014 às 05:49
Por: Gazeta Digital

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Os nomes de mais 5 políticos de Mato Grosso estão listados em uma planilha, feita à mão, apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-secretário Eder Moraes. Uma cópia do documento faz parte do processo que apura esquema de crimes financeiros, que tramita na Justiça Federal de Mato Grosso.

No papel, uma série de anotações aparentemente desconexas, que incluem as expressões ‘Equilíbrio Fiscal’, ‘P. Federal’, ‘Receita Federal’ ‘monitoramento Tarso Genro’ estão logo acima da tabela com nomes, iniciais e valores.

Entre os políticos, constam na relação os nomes dos deputados Guilherme Maluf (PSDB), Daltinho de Freitas (SD), dos ex-deputados Percival Muniz (PPS), Gilmar Fabris (PSD) e Dilceu Dal Bosco (DEM), uma inicial BM, que segundo a investigação seria o senador Blairo Maggi (PR), além da expressão clubes, as empresas Gemini e Geosolo e o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Alencar Soares.

Seguindo o raciocínio da Polícia Federal, Blairo teria recebido R$ 12 milhões, Maluf R$ 1,5 milhão, Percival R$ 2 milhões, Dilceu R$ 1,6 milhão, Daltinho R$ 1,5 milhão e Fabris R$ 2 milhões. A Gemini teria recebido R$ 500 mil e a Geosolo R$ 5 milhões, enquanto que Alencar recebeu R$ 1,5 milhão em tese.

A reportagem tentou contato com todos os citados na relação. Por meio de comunicado, Maluf afirma que não realizou nenhum empréstimo com o ex-secretário de Estado, Eder Moraes, muito menos intermediado por ele. "Estou absolutamente tranquilo e à disposição da Justica e da sociedade para esclarecimento. Nunca fiz empréstimos com Eder e muito menos com qualquer banco clandestino".

Percival também negou qualquer envolvimento com o esquema. O atual prefeito de Rondonópolis disse não entender por qual motivo o nome dele aparecia na relação e disse estar à disposição para os devidos esclarecimentos.

Daltinho, por sua vez, rejeitou qualquer possibilidade de ter recebido dinheiro do banco clandestino operado por Eder. “Isso simplesmente não existe. Usaram meu nome sem meu conhecimento. Esse povo ‘judiou’ muito de mim”, afirmou.

Dilceu, Fabris, Alencar e os representantes das empresas não foram localizados para comentar o assunto.





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