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POLÍCIA
Terça - 29 de Abril de 2014 às 17:38
Por: Gazeta Digital

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Ex-deputado Maksuês Leite, dono da Propel Comércio de Materiais para Escritório Ltda
Ex-deputado Maksuês Leite, dono da Propel Comércio de Materiais para Escritório Ltda
Uma ligação telefônica, emails e uma série de documentos comprovaram que o ex-deputado estadual Maksuês Leite é, de fato, dono da Propel Comércio de Materiais para Escritório Ltda., suspeita de participação em fraude que lesou os cofres públicos em mais de R$ 1,6 milhão, conforme denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na segunda-feira (28).

Por fraude na composição societária, além de 8 crimes de peculato, desvio de dinheiro público, ele e o sócio minoritário, que se identificava como proprietário da gráfica, Gleisy Ferreira de Souza, foram denunciados pelo crime de falsidade ideológica.

A conclusão foi possível após a perícia em uma série de documentos e computadores, apreendidos na Propel em novembro do ano passado. ““...da análise dos documentos e computadores apreendidos na empresa Propel, pode-se constatar facilmente que a mesma também pertence ao Sr. Maksuês Leite, fato que pode ser evidenciado pela vasta quantidade de arquivos localizados onde demonstram que o Sr. Maksuês tem participação efetiva nas decisões da empresa, conforme demonstram os emails enviadas para a sua esposa”, narra trecho de relatório, juntado à denúncia.

Além dos emails verificados, foram localizados diversos arquivos que comprovariam a participação do ex-deputado na administração da empresa, como a planilha de ramais em que mostra Maksuês como diretor e Gleisy como responsável pelas vendas públicas, planilha de funcionários com Maksuês como Diretor-Proprietário e lista de despesas de outras empresas que pertencem ao ex-parlamentar.

Uma ligação de Gleisy para a gráfica, interceptada com autorização da Justiça, ajuda a comprovar o vínculo. “O chefe está aí?”, ele pergunta para a telefonista, que não entende o questionamento. “Maksuês!”, afirma Gleisy, dando prova de que ele é, de fato proprietário da gráfica.

Ao todo, o Gaeco denunciou 6 pessoas, incluindo o ex-deputado e o sócio. São eles o ex-vereador João Emanuel, o ex-secretário Geral da Casa, Aparecido Alves de Oliveira, o ex-chefe do setor jurídico da Câmara, Rodrigo Terra Cyrineu e Renan Moreno Lins pelos crimes de peculato e formação de quadrilha.

Procurado, Maksuês afirmou que ainda não tomou conhecimento da denúncia. Disse respeitar o trabalho do MPE e que está pronto para se defender à Justiça.

 





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