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SEGURANÇA
Terça - 21 de Junho de 2016 às 16:54
Por: Redação TA c/ Gcom - MT

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Foto: Ilustrar
A Polícia Judiciária Civil indiciou três pessoas no inquérito policial que apurou crimes de estelionato, falsificação de documentos público e particular, e uso de documento falso, cometidos no município de Itiquira (357 km ao Sul de Cuiabá), contra o Banco do Brasil, um fazendeiro e a administração pública.

Os golpistas usavam nomes e documentos falsos para acessar créditos rurais do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), voltado a beneficiar agricultores familiares com juros baixos.

A investigação, conduzida pelo delegado Santiago Rozeno Sanches e Silva, titular da Delegacia da Polícia Civil de Itiquira, foi encaminhada na semana passada ao Fórum da Comarca. O trabalho evitou prejuízo de cerca de R$ 500 mil ao Banco do Brasil, principal vítima da quadrilha.

No inquérito policial, o suspeito Ronaldo Luiz Vieira Campos, apontado como articulador do esquema, se juntou a Marcílio Bruno Medeiros e Antônio Carlos da Silva, para obtenção de empréstimos rurais fraudulentos, destinados a beneficiar pessoas que não possuem direitos aos créditos, uma vez que os tomadores dos empréstimos utilizavam documentos falsos para aquisição.

Conforme o delegado, o contador Ronaldo Luiz Vieira Campos montou uma empresa de consultoria destinada à prática do crime. “Ele usava dados falsos de seus clientes para falsificar contratos de arrendamento rural, bem como falsificava documentos como notas fiscais cédulas de identidades e CPFs e outros necessários a consumação do crime, cobrando em contrapartida uma prestação do valor ilícito obtido junto ao banco”, explicou.

Entre os meses de março e abril de 2014, o indiciado Ronaldo falsificou quatro contratos de arrendamentos de imóvel/cartas de anuência de um fazendeiro da região, que foi cliente dos serviços de contabilidade do suspeito. Nos contratos, a vítima cedia frações de sua propriedade para que quatro pessoas explorassem suas terras, sendo os nomes Wagner Roberto Saigon, Ronicley Fidelis de Oliveira, Tarcílio de Souza Amaral e Antonio Carlos da Silva, todos falsos.

A Polícia Civil descobriu que tais pessoas não existiam e três dos nomes (Wagner, Ronicley e Tarcílio) apareciam em contratos registrados no Cartório de 2º Ofício de Itiquira. Essas pessoas também conseguiram abrir cadastros rurais e abriram contas no Banco Brasil de Itiquira, sendo que apenas Tarcílio conseguiu empréstimo de R$ 99 mil. As demais somente não conseguiram os créditos devido a descoberta do golpe pelo Banco.

No dia 24 de abril de 2016, uma nova tentativa de golpe foi registrada. O suspeito Antônio Carlos da Silva apresentou contrato de arrendamento falsificado para registro no Cartório de 2º Ofício. A fraude foi detectada pelos por dois tabeliões e assim, o suspeito não conseguiu efetivar o cadastro junto ao Banco do Brasil para aquisição de empréstimo rural.

A Polícia Civil apurou que Tarcílio de Souza Amaral é pessoa inexistente e trata-se do indiciado Marcílio Bruno Medeiros, que usou documentos falsos (RG e CPF) fornecidos pelo comparsa Ronaldo Luiz Vieira Campos, para efetivar empréstimo de R$ 99 mil junto ao Banco do Brasil. Ele teria repassado a quantia de R$ 22 mil para Ronaldo, em contraprestação aos serviços prestados de falsificação de documentos.

Em relação aos nomes Wagner Roberto Saigon e Ronicley Fidelis de Oliveira, também são pessoas que não existem e não foram identificados os verdadeiros nomes das pessoas que utilizaram os documentos falsos.

Há registro de novo golpe praticado dentro da mesma modalidade pelo indiciado, Ronaldo Luiz Vieira Campos, no município de Pedra Preta.

 





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