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EDUCAÇÃO
Terça - 29 de Abril de 2014 às 05:45

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Duas escolas, sendo uma de Cuiabá e a outra de Várzea Grande, foram surpreendidas na segunda-feira (28) com a visita de procuradores da República e promotores de Justiça. A ação faz parte do projeto MPEduc e tem como objetivo traçar um diagnóstico sobre os principais problemas enfrentados pelas unidades de ensino, contempladas com a iniciativa.

Em Cuiabá, a visita foi realizada na Escola Estadual Dom Francisco de Aquino Corrêa, no bairro Jardim Europa. O promotor de Justiça Alexandre de Matos Guedes, titular da Promotoria de Defesa da Cidadania, juntamente com a procuradora da República em Mato Grosso, Bianca Araújo, ouviram depoimentos de alguns dos 310 alunos que frequentam a unidade escolar. Entre os vários problemas relatados, a precária infraestrutura foi unânime: salas de aulas menores que o ideal para atender a demanda, ausência de ar condicionado, sem espaço adequado para a prática de atividade esportiva, entre outros.

O promotor de Justiça Alexandre Guedes explicou que a escolha das escolas seguiu questões importantes ligadas, por exemplo, a violência e ao baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). “Uma escola é fruto da sua comunidade, obviamente que você tem todos os problemas pedagógicos e estruturais. Mas é preciso entender o porque disso estar acontecendo. Obviamente que existem certas situações exteriores que refletem na escola, como a baixa participação de pais e da comunidade em geral. Então vamos verificar esses motivos para que haja uma melhora nesses índices pedagógicos”, salientou o promotor.

A procuradora da República lembrou que o início das atividades ocorre justamente no Dia Internacional da Educação. “Inicialmente, viemos aqui para fazer um diagnóstico das carências e dificuldades do colégio. Teremos em mãos um levantamento fotográfico, vistoria, relatos da conversa com a diretoria do colégio e demais dados que vão nos subsidiar. A partir daí, vamos sentar e fazer um diagnóstico real do motivo que a escola esta com índices baixos rendimentos no Ideb, por exemplo, e de outras carências”, destacou Bianca.

Já em Várzea Grande, os trabalhos foram realizados no período da tarde, na Escola Estadual Emanuel Pinheiro, pelos procuradores da República Talita de Oliveira e Lúcio Mauro Carloni Fleury Curado. A diretora da unidade de ensino, Edna Regina Uliana, apresentou aos membros do Ministério Público os principais problemas enfrentados por professores e alunos. Entre eles, estão a falta de segurança, ausência de acessibilidade e a prática de violência dentro da escola.

Segundo ela, em dezembro do ano passado, por exemplo, um ex-aluno entrou na escola e rendeu os professores. Todos foram amarrados enquanto ele praticava o assalto. Além de aparelhos celulares e de outros pertences dos profissionais, o assaltante levou também câmeras do circuito interno de TV e lâmpadas. O furto de câmeras tem se tornado rotina no estabelecimento de ensino.

A diretora reclamou que conta com apenas um agente de pátio na escola e que não é feito o controle da saída e entrada de pessoas. Além disso, existem várias “bocas-de-fumo” nas proximidades, o que acaba facilitando a entrada de drogas na unidade. A falta de manutenção ao redor da escola também foi apontada como uma das causas do desprezo à escola.

Na Escola Estadual Emanuel Pinheiro existem cerca de 470 alunos divididos em três turnos. São 33 professores, duas coordenadoras, um secretário e três funcionários na limpeza. Atualmente, existem oito salas de aula funcionando na escolas. O estabelecimento de ensino passa por reforma nas instalações elétricas.

INTERIOR: O mesmo trabalho foi realizado na segunda-feira no município de Cáceres, nas escolas municipais Raquel Ramon, Jardim Paraíso e Professor Eduardo Benevides Lindote.






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