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POLÍCIA
Sábado - 11 de Junho de 2016 às 09:23
Por: Gazeta Digital

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A noite de 10 de junho foi marcada como uma das mais violentas dos últimos tempos em Cuiabá e região metropolitana, por conta de 5 ataques a ônibus, 2 contra veículos estacionados, atentado contra a vida de um agente penitenciário, tentativa de invasão contra uma base da Polícia Militar, além de outras ocorrências como tentativas de homicídios. Um homem de 28 anos foi preso suspeito de atear fogo em um dos ônibus.

Os atentados teriam sido comandados por presidiários revoltados pela interrupção das visitas e do banho de sol, em consequência da greve dos servidores do Sistema Penitenciário do estado. A greve, que atinge outras categorias , como o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT), Polícia Civil, dentre outros, iniciada há 11 dias, é motivada pelo corte de 11,28% da Revisão Geral Anual (RGA). Fórum Sindical e governo tentam negociar, mas o impasse é grande.

As retaliações dos presos surgiram durante a noite de sexta-feira (10), onde 2 ônibus do transporte coletivo da Capital e 1 de Várzea Grande foram incendiados. A assessoria da Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (AMTU), informou que 5 veículos sofreram com ataques, 3 consumados e outros 2 tentados. O último registro ocorreu durante a manhã deste sábado (11), no bairro Novo Mato Grosso, em Várzea Grande. Os incêndios ocorreram nos bairros Praeiro, Pedra 90 e Unipark, e os tentados, no Jardim Vitória e Novo Mato Grosso.

De acordo com a Polícia Militar, um veículo foi queimado na rua 23 do bairro Pedra 90. Fabiano Halaithon Rodrigues Souza, 28, conhecido como "Peruca", foi detido. A prisão do suspeito ocorreu após denúncia de testemunhas. Ele teria recebido a ajuda de "Ceará", que foragiu.

Em Várzea Grande, um motorista de 36 anos, chegou a entrar em luta corporal contra um suspeito incendiário. Conforme relato do condutor, C.M.F.S, ele havia acabado de chegar no ponto final da linha 21, Unipark - Centro Cuiabá, para recolher o ônibus já devido a insegurança e suposto "toque de recolher", quando 2 homens se aproximaram.

Um dos suspeitos carregava um galão com gasolina e entrou no ônibus, exigindo que o motorista saísse. O condutor ainda tentou tomar o galão de gasolina, mas foi impedido pelo segundo suspeito, que estava armado. A dupla teria dito para o condutor que o incêndio foi ordenado por um presidiário. Depois de atear fogo no veículo, os 2 fugiram em uma motocicleta.

Outros ataques ocorreram contra veículos estacionados. Um carro foi incendiado na rua 15 da Cohab Cristo Rei e uma motocicleta também foi destruída em frente a um shopping no Jardim das Américas.

Outro lado - Durante a noite, o governo emitiu nota informando que reforçou o policiamento na Capital e região metropolitana, em consequência dos ataques aos ônibus. O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, esclareceu que todas as forças de segurança foram colocadas nas ruas, Bombeiros e Ciopar, inclusive, com objetivo de tranquilizar a população.

A Sesp informou ainda que a polícia investiga os ataques e se seriam retaliação dos presos por não receberem visitas, por motivo da greve dos agentes e reafirmou que mesmo com a ilegalidade da greve, decretada pelo desembargador Alberto Ferreira de Souza no dia 03 de junho, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, a categoria não interrompeu a paralisação.




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