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DESENVOLVIMENTO
Quarta - 18 de Setembro de 2013 às 21:31

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O município de Rondonópolis vai dar um salto de qualidade, viver uma nova realidade econômica, e um novo perfil social começa a ser traçado a partir da inauguração do terminal ferroviário. Ele ocupa parte da área de 400 hectares nos quais, além dos trilhos, serão construídos silos para armazenamento, estacionamentos, pátios, um hotel, centros de compras, enfim, uma cadeia de comércio e serviços voltados para atender caminhoneiros, empresários e o poder público. Tudo isso faz dele o maior terminal intermodal da América do Sul.

A confiança que os 400 hectares inspira não será suficiente para atender a demanda. Por isso, novos projetos, com objetivos complementares, já estão sendo elaborados pela administração local, como o novo distrito indústrial, em frente ao terminal da Ferrovia Vicente Vuolo.

O ex-governador de Mato Grosso e atual vice-prefeito de Rondonópolis, Rogério Salles, explica que o desafio agora é correr atrás da falta de planejamento e se preparar para este novo momento que a cidade vai viver e otimizar de forma positiva os impactos que a ferrovia provoca. “Contudo, é um processo que nos enche de orgulho de ser rondonopolitano. Esse crescimento é característica de uma cidade que não foi construída artificialmente, mas pela vontade da população e de sua posição geográfica”, destaca.

Para enfrentar a nova realidade que se avizinha, a gestão pública procura se antecipar e projeta, junto com a iniciativa privada, a construção de um novo distrito industrial, comercial e de serviços em frente ao Terminal Ferroviário de Rondonópolis, que deverá ser lançado em janeiro de 2014, de acordo com o promotor de Novos Investimentos do Gabinete de Desenvolvimento Econômico - Rondonópolis, Élio Rasia.

A inauguração do Terminal Ferroviário de Rondonópolis (TER) significa, antes de tudo, segundo Rasia, a realização de um sonho de mais de 20 anos, que irá consolidar a cidade como um grande polo de desenvolvimento. Ele destaca ainda o fato de a cidade estar no entroncamento de duas BRs, a 163 e 364, que praticamente obrigam todos os que vêm para Mato Grosso a passar por ela “assim como acontece com o Triângulo Mineiro”, compara.

Com a inauguração do TER e com o centro comercial anexo, alguns segmentos tendem a crescer como o da base de petróleo, que vai contar com plantas das três principais distribuidoras do país, que vão enviar combustíveis e derivados para o restante de Mato Grosso e para Rondônia e Pará, sem falar na indústria de fertilizantes, que passarão a ser misturados em Rondonópolis. “Seremos grandes distribuidores de combustíveis e fertilizantes”, prevê.

Segundo Rasia, Rondonópolis é a “capital nacional do bitrem”, com mais de 7 mil caminhões desse tipo baseados na cidade. Com o TER esse número deve crescer. Também há a nova esmagadora de soja, com capacidade de 4 mil toneladas/dia, que vai gerar 300 empregos diretos, e a processadora de biodiesel. Com o crescimento da frota de bitrem, o novo distrito vai abrir novas garagens, assim como indústrias que compõem a cadeia produtiva tais como fábricas de carrocerias, concessionárias e indústria de recapagem.

A área do novo centro, projetado em parceria com a iniciativa privada, é quase o dobro do TER, com 784 hectares. Algumas indústrias, como a têxtil, já demonstraram interesse. A construção de um hotel, um investimento de aproximadamente R$ 18 milhões, já foi confirmada.

O deputado federal Wellington Fagundes, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, lembra que a chegada da ferrovia a Rondonópolis deve-se à atuação política do ex-senador Vicente Vuolo e, mais recentemente, da atuação da bancada de Mato Grosso, que lutou pela mudança do contrato com a concessionária, cujo aditivo possibilitou a chegada da ferrovia ao município. Fagundes lembra que a ferrovia projeta o desenvolvimento para toda a região e possibilitou o financiamento pelo BNDES da MT-100, dentro do MT-Integrado. A meta agora é a duplicação da BR-364, entre o Trevão e a entrada do TER, cujo projeto já está pronto para licitação.

Esse novo começo tem data: 19 de setembro, quando o Terminal Ferroviário de Rondonópolis será inaugurado pela concessionária da Ferrovia Vicente Vuolo. O terminal representa um investimento é de R$ 730 milhões e tem capacidade de 15 milhões de toneladas por ano, podendo chegar a até 30 milhões de toneladas.
Rondonópolis se prepara para ser um novo polo de desenvolvimento





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