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POLÍCIA
Sábado - 06 de Julho de 2013 às 07:20
Por: Gazeta Digital

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João Vieira

Um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que não teve o nome divulgado,  foi preso em flagrante nesta sexta-feira (05), em Cuiabá, acusado de cobrar “proprina” de um carreteiro para não fazer a retenção da carreta que  apresentava irregularidade. Foi a própria Polícia Rodoviária Federal que prendeu o servidor após receber uma denúncia e o encaminhou à sede da Polícia Federal (PF) de Cuiabá para ser ouvido pelo delegado Luciano de Azevedo. Depois ele será levado para o Presídio Militar de Santo Antônio do Leverger. O fato acontenteceu no posto de fiscalização Flávio Gomes, localizado da BR-364, na Capital. O caminhoneiro também foi detido.

O policial foi preso pelo crime de concussão, que é quando o agente público usa do cargo para obter vantagem ilícita, para obter algum tipo de ganho indevido. Membros da Corregedoria da PRF também estão na Superintendência da PF acompanhando o depoimento e depois deverão instaurar um procedimento para investigar a conduta do servidor.  A pena para o crime de concussão vai de 2 a 8 anos e também pena de multa que é cumulativa com a de prisão.  Em geral, o crime consistente em exigir, para si ou para outra pessoa vantagem indevida, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão da função pública.

Em nota, a PRF se limitou a informar que tanto o servidor quanto o caminhoneiro foram presos “suspeitos de corrupção”. Não esclareceu de quem partiu a iniciativa de propor o acordo. A reportagem apurou que a negociação teria sido gravada e a Corregedoria do órgão já estaria com essas imagens em mãos.

Diz a nota que a Corregedoria foi acionada para averiguar a suspeita, após denúncia recebida e chegando ao local, diante de alguns indícios, os suspeitos foram detidos e encaminhados à Polícia Federal. Além de inquérito policial, foi aberto processo administrativo disciplinar para apurar a denúncia. “A Polí¬cia Rodoviária Federal esclarece que, por meio de sua Corregedoria, atua de forma participativa e preventiva, buscando sempre identificar antecipadamente quaisquer desvios de conduta”. Não foram divulgadas mais informações sobre o fato, nem nome e idade dos presos.

Caminhoneiro liberado

Após ser ouvido na sede da Polícia Federal, o caminhoneiro foi liberado agora à tarde. Mesmo não querendo se identicar, ele deu sua versão dos fatos e disse que vinha do município de Nova Maringá (400 Km a médio-norte de Cuiabá) com a carreta carregada de madeira e admitiu que o veículo apresentava problemas no tacógrafo. Informou que foi parado no posto de fiscalização e o policial rodoviário federal disse que existia um problema, mas que poderia ser resolvido ali mesmo, mas para isso, o caminhoneiro teria que ajudá-lo. Em seguinda, na versão do motorista, o agente da PRF, pegou um celular e mostrou para ele onde constava o valor de R$ 1 mil que ele teria que pagar para ser liberado. (Colaborou Thalyta Amaral)





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