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EMPREGO
Terça - 07 de Maio de 2013 às 15:30

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Foto: Arquivo
Joaquim Santana, presidente do SINTRAICCCM
Joaquim Santana, presidente do SINTRAICCCM
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) e o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Mato Grosso (Sintecomp-MT) aguardam há quase dois meses uma posição da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) sobre a negociação para a contratação de novos trabalhadores para as obras da Copa, que vinha sendo discutida entre as entidades e a secretaria desde o final do ano passado.

A última reunião entre as partes aconteceu em março, com a presença do titular da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Mato Grosso (SRTE-MT), Valdiney Arruda, do diretor Amarildo Borges, também da SRTE, do Secretário Adjunto de Infraestrutura, Alysson Sande de Souza, do adjunto executivo, Arcleidy Pereira, do desembargador presidente do TRT 23ª região, Tarcísio Régis e do chefe da Procuradoria do TRT 23ª região, Thiago Gurjão. Na época, sindicatos e autoridades reafirmaram ao secretário Maurício Guimarães (Secopa-MT) que não seria possível aumentar a carga horária diária dos trabalhadores a fim de cumprir os prazos para a entrega das obras, uma vez que a Justiça Trabalhista permite acréscimo de no máximo duas horas à carga horária diária, ainda assim apenas em casos de extrema necessidade. Gurjão argumentou ainda que o aumento da carga horária é prejudicial à saúde do trabalhador. A solução apontada foi a contratação de mais trabalhadores.

De acordo com Joaquim Santana, presidente do SINTRAICCCM, os sindicatos encaminharam no início deste ano uma pauta de reivindicações de melhoria salarial e de benefícios para que fosse aplicada aos trabalhadores da Arena Pantanal, como forma de despertar o interesse dos trabalhadores em atuar na obra. Porém, nesta última reunião de março, ficou constatado que Guimarães sequer tinha repassado esta pauta às construtoras e ao Consórcio VLT, responsáveis pelas obras.

Nesta mesma reunião, ficou determinado que, para facilitar o processo, as construtoras, como a Mendes Júnior, entre outras responsáveis pelas obras verticais (que tocam à construção civil), negociariam diretamente com o SINTRAICCCM. Já o Consórcio VLT e as demais construtoras responsáveis pelas trincheiras, viadutos e outras obras de construção pesada negociariam com o Sintecomp-MT.

Porém, quase dois meses depois, nenhuma reunião foi agendada. “A nosso ver, a Secopa queria apenas que ratificásssemos a proposta de aumento da carga horária dos trabalhadores, sacrificando esse pessoal para dar conta de entregar as obras no prazo. Não vamos compactuar com isso, queremos é geração de mais empregos, renda e melhoria das condições de vida dos trabalhadores para que os benefícios da Copa se estendam também a quem trabalha”, opinou Santana.

Segundo a Secopa-MT, há um déficit de pelo menos 700 trabalhadores nas obras.





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