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POLÍTICA
Quarta - 06 de Fevereiro de 2013 às 21:17
Por: Gazeta Digital

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Foto: Otmar de Oliveira
Vereador Dimário Alencar diz que empresa fizeram lobby junto ao Executivo Municipal para aprovar lei que barra dinheiro
Vereador Dimário Alencar diz que empresa fizeram lobby junto ao Executivo Municipal para aprovar lei que barra dinheiro

Autor de um projeto de lei que proíbe a dupla função de motoristas do transporte coletivo de Cuiabá, pois atualmente também são responsáveis pelo trabalho antes desempenhado pelos cobradores, o vereador Dilemário Alencar (PTB) classificou com inconstitucional a lei municipal 5.541 de abril de 2012 que determina que o pagamento da tarifa nos ônibus do transporte coletivo urbano de Cuiabá deverá ser efetuado, exclusivamente, com cartão eletrônico. Foi ainda mais enfático e disse que “as empresas detentoras da concessão para explorar os serviços de transporte fizeram lobby junto ao Executivo Municipal” para que a lei fosse sancionada.

A lei em questão, de autoria do então vereador Marcus Fabrício (PTB) no ano passado, foi aprovada no Legislativo e sancionada pelo prefeito Chico Galindo (PTB) que comandou a Capital até 31 de dezembro de 2012. Ao entrar em vigor, a lei acabou extinguindo a figura do cobrador. “Acabar com os cobradores e sobrecarregar os motoristas com dupla função é uma insensibilidade social muito grande e vem causando vários transtornos aos milhares de usuários de ônibus em Cuiabá diariamente” enfatiza Dilemário que garante ter sido contrário a proposta desde o início, mas como não era vereador na época, não pôde fazer muita coisa. “É um absurdo proibir o cidadão de utilizar a moeda nacional, o dinheiro corrente, válido e aceito em todo o país”, acrescenta o vereador.

A principal determinação da polêmica lei, ou seja, de proibir que o usuário do transporte coletivo pague a passagem em dinheiro, passou a ser colocada em prática desde julho de 2012, mesmo contra vontade de milhares de moradores que discordam da imposição. Contudo, não é cumprida à risca pelas empresas de ônibus. Isso porque o artigo 2º diz o seguinte: “Nos ônibus convencionais e alimentadores do transporte coletivo urbano de Cuiabá deverão contar com Câmeras de filmagem, e a mesma deverá arquivar as imagens no mínimo de três dias, para segurança do usuário que utiliza o sistema”. Na prática isso não acontece, pois não existem câmeras de vigilância dentro de todos dos coletivos, para em tese, oferecer aos usuários uma maior sensação de segurança.

Apoio

Para tentar reverter a situação, Dilemário apresentou já na primeira sessão ordinária da Câmara de Cuiabá, nesta terça-feira (05), seu primeiro projeto de lei para tentar trazer de volta os cobradores aos ônibus e devolver aos cidadãos cuiabanos o direito de pagar a passagem do transporte coletivo em dinheiro. “ O projeto teve boa receptividade entre os demais vereadores. Em breve pretendo reunir com o presidente João Emanuel (PSD) para pedir agilidade na votação do projeto”.

O vereador petebista disse ainda que também planeja visitar os gabinetes dos colegas de parlamento em busca de apoio para aprovar o projeto. “Pretendo ainda reunir com o prefeito Mauro Mendes (PSB) para que ele possa conversar com os aliados. Outra medida que Dilemário garante colocar em prática logo depois do Carnaval é iniciar uma mobilização com a sociedade para angariar apoio popular em prol da volta dos cobradores. “Vamos realizar planfletagem em feiras, praças e pontos de ônibus e se for preciso vou até coletar assinaturas para uma abaixo-assinado de cidadãos favoráveis à minha proposta”. Otimista, ele cita as cidades de Curitiba (PR), Natal (RN) e Santos (SP) como locais onde foram aprovadas leis proibindo a dupla função para motoristas do transporte coletivo.





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