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SEGURANÇA
Terça - 24 de Maio de 2016 às 13:01
Por: Redação TA c/ Gcom - MT

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Foto: Lenine Martins
Secretário de Segurança Rogers Jarbas em audiência pública em Rondonópolis
Secretário de Segurança Rogers Jarbas em audiência pública em Rondonópolis
Não há política de Segurança Pública que funcione sem a participação ativa da comunidade. Cada núcleo familiar, empresa, entidade e órgão governamental tem sua parcela de responsabilidade na construção de uma sociedade menos violenta.


O argumento marcou a fala do secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, em audiência pública que discutiu, na noite desta segunda-feira (23), em Rondonópolis (220 km de Cuiabá), as estratégias para o combate à criminalidade na região Sul do Estado.

“Nós temos um papel importantíssimo como cidadãos. Temos que participar cada vez mais. Por isso dou tanto valor a reuniões como esta. Para mim, mais do que audiências públicas, são reuniões de trabalho. Estamos aqui porque acreditamos que algo pode mudar”, disse.


A audiência, convocada pela Assembleia Legislativa, foi realizada na sede da União das Associações de Moradores de Bairros da Região Salmen (Unisal), no bairro Parque Universitário.


No auditório lotado, representantes da prefeitura e da Câmara Municipal, além de líderes de bairro e de movimentos sociais. Entre as demandas levadas ao secretário, a necessidade de mais efetivo e a reestruturação da Politec foram as mais mencionadas.


O secretário afirmou que o governo tem trabalhado para reconstruir uma estrutura deixada em “abandono” pela gestão anterior. A recuperação do efetivo, com 3.550 novos profissionais de segurança desde 2015, é um “passo nesta direção”.


“Como isso podemos dizer que atingimos o ideal em termos de efetivo? Não. O que estamos fazendo hoje é o que deveria ter sido feito no passado e não foi. Mas é o possível e vai contribuir muito para a recuperação de uma estrutura que estava à beira do colapso”, relatou.


O comandante geral da PM, Coronel Gley Alves, também participou da audiência. Em sua fala, mencionou a experiência de outros países que, mesmo com investimentos em efetivo e equipamentos para as forças de segurança, não obtiveram os resultados esperados.


“Segurança Pública não é só polícia. Em vários países se chegou à conclusão que era preciso mais do que efetivo e armamento. E o caminho envolve saúde, educação, lazer, esportes e políticas públicas de proteção à juventude. Temos que reforçar as nossas bases”, defendeu.


Estrutura


Na audiência, houve queixas em relação à distribuição do efetivo da PM, PJC e Bombeiros, que estaria incompatível com as necessidades dos municípios da região Sul. O secretário reconheceu a urgência de uma análise técnica do cenário atual, para corrigir eventuais distorções.


“Eu concordo que a distribuição está equivocada. Isso ocorre porque, no passado, os editais de distribuição não eram técnicos. Isso não existe dentro da gestão atual. A distribuição vai levar em conta fatores como o número de habitantes, índices criminais e análises do setor de inteligência. Nós vamos reequilibrar estes números”, afirmou.


Sobre o IML de Rondonópolis, Jarbas anunciou uma reforma da estrutura. “O processo para a reforma do prédio já está assinado e vai o quanto antes para a licitação. O mesmo podemos dizer em relação ao Detran, que terá em breve um imóvel novo e digno para o atendimento à população”.


O secretário mencionou, ainda, a chegada de 200 caminhonetes do tipo SUV, com capacidade para transitar em diversos tipos de terreno, que serão distribuídas para unidades da PM e da PJC em todo o Estado. E disse que o Garra, nova força especializada da Polícia Civil, terá na cidade uma de suas primeiras bases.


“É uma força que tem um viés de atuação na criminalidade violenta, em especial os crimes de roubo. Rondonópolis será um dos primeiros municípios do interior a receber o Garra”.





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