Voto de Mato Grosso é favorável ao impeachment; placar geral é de 15 a 5
Com o aval do colegiado, o texto será submetido agora à votação no plenário principal do Senado. A previsão, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é que o parecer de Anastasia seja apreciado pelo plenário na próxima quarta-feira (11).
A sessão foi aberta pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), e teve um pronunciamento do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Em seguida, os líderes de partidos e blocos partidários seguem votando, cada um, com cinco minutos para encaminhar a orientação de voto.
Os senadores por Mato Grosso, José Medeiros (PSD) e Wellington Fagundes (PR), votaram a favor do parecer do relator, ou seja, pela admissibilidade do processo de afastamento da presidente Dilma.
Medeiros, o sexto líder a encaminhar o voto, disse que o processo deveria ter ocorrido antes. "As pilastras da democracia ficam mais fortes. A democracia não é sinônimo de petismo. Nesse momento, estamos zelando por ela. Hoje é um dia alegre para a população brasileira. Esse robusto relatório será aprovado aqui", comentou.
Já Fagundes afirmou "quero aproveitar o espaço para reiterar a necessidade de manter esta casa funcionando. O Brasil não pode parar por ficar submetido à inércia do parlamento. E parabenizou "a população brasileira, que se manifestou na hora certa, de forma ordeira e democrática".
Afastamento
Com o resultado da votação desta sexta-feira, a matéria segue para o plenário do Senado, onde todos os senadores poderão participar de nova votação na próxima quarta-feira, 11. Esta primeira votação determina apenas a abertura do processo de impeachment.
Em contrapartida, caso a maioria da Casa seja favorável à admissibilidade, a presidente Dilma já será afastada por 180 dias.
Neste período, o vice-presidente Michel Temer assume o comando do Poder Executivo e poderá montar o seu governo, indicando novos ministros e outros cargos.
A Comissão Especial do Impeachment do Senado continua o seu trabalho, desta vez analisando o mérito do processo de impeachment e a culpa ou não da presidente da República.
A previsão é que o julgamento final de Dilma Rousseff aconteça por volta de setembro.