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TURISMO
Quinta - 15 de Setembro de 2011 às 16:25
Por: Andreia Sadi

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Foto: Renato Araújo/ABr
O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, também do PMDB
O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, também do PMDB

O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB-MA), afirmou nesta quinta-feira (15) que a escolha de seu nome para o cargo não tem relação com a ligação que mantém com a família do presidente do Senado, José Sarney. 

"Absolutamente, não. Eu sou ligado à família Sarney há muito tempo, e o Sarney nunca me impôs que eu fizesse nada ou deixasse de fazer", afirmou Vieira ao chegar ao fórum nacional que o PMDB promove nesta quinta em Brasília.

Vieira foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para a função após Pedro Novais pedir demissão em razão de denúncia de uso de verbas públicas para fins privados e deve tomar posse nesta sexta-feira (16), de acordo com a Presidência da República.

Vieira comentou ainda declaração dada à rádio Estadão/ESPN nesta manhã de que não era um ministro “genérico”. "Eu não sou aquilo que serve para qualquer doença. Eu tenho imensa capacidade de ouvir minha equipe técnica."

Mais cedo, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que José Sarney e a filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), estão satisfeitos com a escolha de Gastão Vieira (PMDB-MA), mas negou que a indicação tenha partido deles.

"Se você me perguntar se o Sarney está feliz, está. A Roseana, mais ainda, mas a escolha do Gastão partiu da bancada da Câmara", disse ao G1 o senador, ao chegar ao encontro do PMDB.

Segundo o senador Eunício Oliveira, o vice-presidente Michel Temer levou à presidente Dilma Rousseff os nomes dos integrantes do da bancada do partido na Câmara, e a presidente optou por Gastão.

"Gastão é muito mais ligado à Roseana que a Sarney, mas quem escolheu foi Dilma. Não foi uma escolha regional", afirmou Eunício, ao ser perguntado sobre a influência do Maranhão, base política da família Sarney, na decisão de Dilma.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do PMDB do Maranhão, disse que a escolha de Gastão Vieira não teve influência de Sarney.

"Ele [o novo ministro] é da cota do PMDB e da presidente Dilma", afirmou o ministro, que destacou o fato de Vieira ter sido secretário quando ele, Lobão, governou o Maranhão.

Troca de ministros
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou no evento que as recentes trocas de ministros no governo Dilma Rousseff fazem "parte da democracia".

"Faz parte da democracia. [Em] qualquer democracia é natural a alternância de poder, o rodízio de auxiliares e assessores. Quem não se lembra do primeiro governo Lula? Espero que a gente viva para sempre a democracia. E então essas trocas de ministros e auxiliares vão continuar acontecendo", disse Raupp.

Ele afirmou ainda que as três substituições de ministros do PMDB feitas pela presidente Dilma Rousseff ocorreram a pedido dos próprios ministros.

"[Nos casos dos ministros que saíram] não houve comprovação de absolutamente nada. Todos eles pediram para sair. Wagner Rossi, que a presidente não queria que saísse, pediu para sair, e agora Pedro Novais também", afirmou.

Desde o começo do governo Dilma Rousseff, três ministros do PMDB deixaram seus cargos. Wagner Rossi, da Agricultura, Pedro Novais , do Turismo e Nelson Jobim, da Defesa - os dois primeiros após denúncias de irregularidades e Jobim após criticar colegas de ministério.






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