Suinocultores de MT pedem redução de preço de pauta e isenção de ICMS
Os produtores de suínos de Mato Grosso voltam a pedir ajuda do governo do Estado para enfrentar a crise da suinocultura em Mato Grosso, que se estende desde o inicio do ano. Ainda esta semana a Acrismat deve pedir novamente a isenção do ICMS nas contas de energia dos suinocultores. A diretoria da Associação ainda tenta uma audiência com o governador ainda em agosto.
De acordo com diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, um dos problemas do segmento é o constante ajuste que os produtores tem que pedir à Secretária de Fazenda do Estado com relação ao preço de pauta, regulamentado pela secretaria, que incide o ICMS.
“O valor do quilo do suíno vem caindo drasticamente, vendÍamos o quilo a R$2,20 mas o valor para cobrança do imposto, estava em agosto em R$2,68, caiu para R$2,38. Vamos pedir pra chegar a R$1,80. Estamos operando no vermelho, contribuímos com impostos, empregos mas não somos reconhecidos quando precisamos”, reclamou.
Segundo o diretor alguns produtores já informaram a entidade que devem abandonar a atividade caso o governo não se manifeste. “Pedimos ajuda da Sedraf, mas ela nos remeteu ao Governador do Estado que nos negou ajuda em isenção de imposto. Fizemos isso via Assembléia e não obtivemos retorno satisfatório também”, criticou.
Para o presidente da Acrismat, Paulo Lucion a saída para amenizar a crise no setor seria a isenção do ICMS da energia. “Nosso plantel é tecnificado, nossas matrizes são da melhor qualidade genética, pra manter esta qualidade gastamos muita energia. Em Estados como o Paraná já existe este dispositivo, se o setor entra em crise ocorre automaticamente a isenção”, informou.
Na semana passado a Associação ainda solicitou, com urgência que o governo interceda pra que haja uma retenção da produção de milho dentro do Estado. Segundo estimativas e informações da CONAB, deve haver falta de milho para os produtores de suínos do Estado. Os estoques de milho não ultrapassarão um milhão e duzentas mil toneladas, O E o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, IMEA, indica que 70% desta produção já foi comercializada para fora do Estado.
Lucion ainda conclama todos os membros da cadeia produtiva da suinocultura pra se unir a Associação e buscar alternativas para o segmento. “Fábricas de ração, produtores de milho e empresas ligadas a suinocultura precisamos unir esforços para que a atividade não seja extinta no Estado”, revelou.
Mato Grosso conta hoje com um plantel de 110 mil matrizes suínas, cada uma gera de 20 a 25 animais terminados por ano, de alto grau de evolução genética. Hoje a suinocultura gera no Estado mais de 32 mil empregos diretos e indiretos
REUNIÃO – No próximo dia 31.08 a Acrismat realiza, em Cuiabá, uma reunião com produtores e a diretoria da Associação para definir estratégias de enfrentamento da crise do setor.