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Segunda - 06 de Junho de 2011 às 11:35
Por: EDUARDO RICCI/DIOGO CARVALHO

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Edson Rodrigues/Agecopa
Arena Pantanal já está na fase de fixação dos pilares estruturais. Obra emprega os princípios da sustentabilidade
Arena Pantanal já está na fase de fixação dos pilares estruturais. Obra emprega os princípios da sustentabilidade
Um país bonito por natureza quer mostrar que é possível realizar um evento desta magnitude com o menor impacto ambiental possível. E deixando ainda um legado social por meio do envolvimento das comunidades. Uma agenda de sustentabilidade já vem sendo adotada por todos os ministérios e órgãos públicos estaduais envolvidos nos preparativos para a Copa.

Cuiabá foi escolhida uma das cidades-sede do Mundial da Fifa pela oportunidade de mostrar ao mundo nosso patrimônio ambiental. Nada mais natural, portanto, que a Copa em Mato Grosso lidere este esforço nacional pela sustentabilidade em todas as ações. E a sustentabilidade já está em campo aqui, antes mesmo do apito inicial. A Arena Pantanal, item número 1 para a realização do evento, é um exemplo de construção ambientalmente sustentável.

A preocupação começou ainda no projeto, contratado pelo overno do Estado em 2009 junto à GCP Arquitetos. O projeto da Arena Pantanal foi premiado com a medalha de ouro na categoria Empreendimentos Públicos do The Americas Property Awards 2010, oferecido pela Americas Property Awards em parceria com a Bloomberg Television e o Google.

O novo estádio cuiabano se destacou pela presença de itens de um conjunto de itens para redução do consumo energético e para armazenamento e reuso da água das chuvas, além da arborização interna e no seu entorno.

O reconhecimento internacional se deu por conta do comprometimento da obra com a sustentabilidade, a responsabilidade sócioambiental e a requalificação urbana que ela irá produzir na cidade de Cuiabá.

O projeto da Arena Pantanal pode ser considerado modelo no que se refere à responsabilidade sócioambiental. A ponto de ser um dos quatro estádios brasileiros a requerer a certificação LEED - selo que designa as construções sustentáveis, de acordo com os critérios de racionalização de recursos de energia e água.

Por priorizar conceitos de sustentabilidade ainda no projeto, a Arena de Cuiabá é um dos quatro estádios brasileiros que estão em pleno processo de obtenção do certificado. A certificação “verde” é conferida pela Green Building Council, por meio do LEED – Leadership in Energy and Environmental Design (ou Liderança em Design de Energia e Meio Ambiente).

O certificado assegura que a obra usa água de forma responsável, é energeticamente eficiente e só utiliza materiais que não espalham pegadas de carbono por aí. O Consórcio Santa Bárbara-Mendes Júnior, contratado pela Agecopa para a construção da Arena, vem adotando uma série de medidas recomendadas pela norma.

CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Para colocar em prática todos estes conceitos de obra sustentável, a construção da Arena Pantanal vem adotando várias medidas como reaproveitamento de água, captação e tratamento de esgoto, coleta seletiva de materiais, limpeza sistemática dos veículos que atuam no canteiro, eliminação da poeira e redução da poluição sonora.

Nenhum detrito da demolição do antigo Estádio José Fragelli foi descartado, o que evitou a poluição de outras áreas. Todo o material de alvenaria foi reciclado e adicionado para aterragem do solo. Metais também foram reciclados em siderúrgicas e reutilizados como insumo na obra.

Também a utilização da madeira no canteiro de obra é objeto de atenção especial. Toda ela t
em origem controlada e é certificada pelos órgãos de controle ambiental. Mesmo assim a preocupação é usar o mínimo possível de madeira, o que vem sendo obtido usando pré-moldados com estruturas metálicas em quase todo o projeto.

O projeto de consumo e reuso da água inclui a captação de água pluvial, possibilitando uma redução de 40% no consumo dentro da obra. Boa parte da água consumida no canteiro de obra é fruto de reuso. São dois tanques com capacidade para 2.500 litros, onde é feita a decantação e filtragem da água usada no processo. Essa água é usada em parte na cura do concreto e na lavagem dos caminhões betoneiras, voltando novamente aos tanques de decantação para novo ciclo.

Uma miniestação de efluentes foi construída no canteiro para captar o esgoto originário dos banheiros e de outras atividades d
esenvolvidas. Todo o projeto de construção da nova Arena não prejudicará o sistema hídrico e o lençol freático.

PARÂMETROS ECOLÓGICOS

Para amenizar o calor das pavimentações cobertas e das áreas relacionadas serão instalados pisos e coberturas que atenderão aos parâmetros LEED. As paredes da Arena serão pintadas com tintas livres de VOCs (componente orgânico volátil) e cerâmicas ou porcelanatos com algum grau de material reciclado em sua composição.

Para a área externa da Arena, como na praça de acesso, será utilizado piso em placas de concreto com SRI (Solar Reflectance Index) 29, e alguns pisos permeáveis, tais como, concrebrita, seixos e cobertura vegetal, evitando desta forma ilhas de calor e contribuindo com a drenagem natural das águas de chuva.

A Arena Pantanal terá 12 elevadores. Neles estão previstos comandos eletrônicos e sensores de presença para desligar as luzes quando parados. Além disso, os elevadores devem ser programados para economizar os percursos a serem percorridos.

O paisagismo da Arena será realizado com espécies nativas, exemplares da Mata do Cerrado e Floresta Amazônica, uma vez que a região de Cuiabá possui estas espécies de vegetação, eliminando assim a necessidade de irrigação artificial.






URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/19767/visualizar/