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DESENVOLVIMENTO
Quinta - 12 de Maio de 2011 às 20:39
Por: Marcello Antunes

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Ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti
Ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti
Tornar realidade o potencial brasileiro na área de pesca e aqüicultura é o maior desafio dos próximos anos do Governo. Em audiência pública nesta quinta-feira (12/05) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, a titular do Ministério da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, alertou que apesar de o País deter 8,5 mil quilômetros de área costeira e, sozinho, possuir 13% de lâmina de água doce do planeta, ainda está na 21ª colocação na produção de pescados, com quase 2 milhões de toneladas produzidas – a China, que tem uma costa menor e não tem tantos rios como o Brasil, produziu apenas em 2008 o equivalente a 58 milhões de toneladas. "Estamos investindo em capacitação e reequipando a indústria pesqueira, sem deixar de olhar para os pequenos produtores, fundamentais para o desenvolvimento sustentável", afirmou.

Senadores da bancada petista defenderam a necessidade de articular a criação de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) específico para a Pesca. Essa sugestão, inicialmente colocada pelo senador Wellington Dias (PT-PI), recebeu apoio imediato do senador João Pedro (PT-AM), Aníbal Diniz (PT-AC) e Delcídio Amaral (PT-MS).

Na apresentação feita aos senadores, Ideli Salvatti destacou as campanhas conjuntas que o Ministério tem desenvolvido com outras pastas e as campanhas feitas para aumentar o consumo de pescados. "O brasileiro, na média, consome apenas dez quilos de pescados por ano. Mas na região Norte do País esse consumo chega a quase 60%", observou.

Ideli contou que nos estados amazônicos a estratégia é levar melhorias e técnicas de extensão da Embrapa Pesca para aprimorar a produção local. Em algumas localidades será necessária uma política pública que leve energia elétrica no pacote de desenvolvimento. Isto, porque muitas vezes o produtor de pescado sofre nas mãos de atravessadores ou de quem "possui o gelo". "Muitos produtores para não perderem sua produção, vendem os peixes a custos baixíssimos porque quem não tem gelo perde aquilo que produziu", disse.

Ideli destacou os projetos que estão sendo desenvolvidos em diversos estados, seja na fábrica de filetagem no Mato Grosso do Sul ou na estruturação da cadeia produtiva do Acre, onde os pescadores receberam do governo estadual um fábrica de gelo, de filetagem, de ração e de criação de alevinos, para criação em tanques.

A ministra informou, também, que seu objetivo é liberar os recursos de emendas de bancada dos anos de 2008 e 2009, para que as prefeituras possam comprar máquinas escavadeiras utilizadas na construção de tanques. "Percebemos que não é simples produzir desta forma. Precisa de técnica senão o investimento não dá resultado", afirmou.






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