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RODOVIAS
Terça - 26 de Abril de 2011 às 14:17
Por: Sueli Montenegro

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Os feriados prolongados de Tiradentes e da Semana Santa registraram, neste ano, queda de 18% no número de mortos, de 7% no número de feridos e de 7% total de acidentes, na comparação com o último Carnaval. Entre meia-noite de terça-feira (19) e meia-noite de domingo (24), 175 pessoas perderam a vida e outras 2.274 ficaram feridas em 3.861 ocorrências, segundo balanço divulgado na tarde desta segunda-feira (25) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O maior número de acidentes aconteceu em Minas Gerais, com 515 ocorrências; seguido por Paraná (479), Santa Catarina (443), Rio Grande do Sul (421) e Rio de Janeiro (288). A Bahia, no entanto, liderou as estatísticas de mortes, com 25 vítimas fatais; seguida por Minas, com 24.

Para o coordenador geral de operações da PRF, Giovanni Di Mambro, o resultado da Operação Semana Santa indica que houve redução da violência nas estradas, mas ainda não há o que comemorar. Di Mambro observa que a coincidência dos dois feriados em um mesmo período favoreceu o aumento do fluxo de veículos e deixou as principais rodovias do país congestionadas. “A gente percebeu claramente nos grandes corredores que é muito carro para pouca pista”, afirmou o inspetor.

A operação da PRF mostra, por exemplo, que no trecho da Rodovia Fernão Dias (BR-381) entre São Paulo e Belo Horizonte o engarrafamento chegou a 80 quilômetros. Na Regís Bitencourt (BR-116), que liga São Paulo a Curitiba, foram 25 quilômetros de lentidão, mesmo sem ocorrências graves; enquanto na descida para o litoral catarinense (BR-101) o tempo de percurso de 400 quilômetros chegou a oito horas. 

Já em estradas com um fluxo médio de veículos em períodos normais, o volume de tráfego cresceu até 200%.

Durante a Operação Semana Santa foram feitas 176 mil abordagens e aplicadas 125 mil multas, das quais 76 mil por excesso de velocidade. A fiscalização também reprovou 754 motoristas em 28 mil testes de bafômetro, e prendeu 309 em flagrante pela ingestão de bebidas alcoólicas.

O coordenador da Polícia Rodoviária alerta que apesar do bom desempenho da operação nas estradas, o que vai garantir um trânsito seguro no país é o tripé educação, engenharia e esforço legal para garantir o combate à violência nas estradas.  Ele defende a discussão de um plano conjunto pelas agências e os órgãos envolvidos, para que a questão do trânsito possa ser abordada de forma transversal e passe a aliar investimentos em infraestrutura, conscientização e fiscalização.
 
Di Mambro admite que existe um esforço do governo, mas alerta para a saturação de uma malha viária que teve os últimos grandes investimentos na construção de rodovias na década de 1980.




Fonte: CNT

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