Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
AGRICULTURA
Terça - 08 de Fevereiro de 2011 às 11:58
Por: Raimundo Estevam

    Imprimir


Globo Rural
Buriti pode ser um dos novos beneficiados pela política de garantia de preços mínimos
Buriti pode ser um dos novos beneficiados pela política de garantia de preços mínimos
Catadores de murici, pinhão, juçara, buriti e cacau extrativo do Amazonas poderão ser os próximos beneficiados  com a subvenção oferecida pelo governo federal na ajuda às comunidades interioranas que têm o apoio da Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade  (PGPM-Bio).

Os técnicos da Conab que acompanham a ação estão estudando a nova inclusão na lista que hoje contempla 11  produtos regionais, entre os quais, babaçu, piaçava, castanha-do-brasil e mangaba. Outras práticas extrativas também do Amazonas, como a fruta do camu-camu e o pirarucu de manejo estão em estudo de viabilidade econômica.

A proposta da Superintendência de Gestão da Oferta (Sugof/Gebio), se aprovada, passa ainda pelo estudo do custo de produção, realizado também pela Companhia, a fim de que seja definido o preço mínimo utilizado no cálculo da subvenção.

Pelo mecanismo, o governo paga aos extrativistas a diferença entre o preço mínimo e o de mercado. Atualmente, são 11 os produtos garantidos pela PGPM-Bio - borracha extrativa, castanha-do-brasil, babaçu, baru, mangaba, umbu, piaçava, cera de carnaúba, açaí, pó cerífero e pequi.

Orçamento 2010/2011

Dos R$ 24 milhões liberados pelo governo para utilização em 2010/2011, já foram gastos, até novembro passado, R$ 2,5 milhões, beneficiando 14.424 famílias das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.   E deste total, R$ 1.073 mil atenderam a venda de borracha extrativa, para a qual foram reservados mais de R$ 10 milhões, o maior valor entre os produtos. Segundo a Sugof, os recursos estão disponíveis desde o ano passado e podem ser utilizados até junho próximo, quando será definido o novo preço mínimo de cada produto.

Visitas e estímulo

Os técnicos da Conab vêm pesquisando, todos os anos, as áreas abrangidas por esta ação governamental, que é estendida a extrativistas e outros beneficiários. Há uma preocupação dos técnicos em orientar as comunidades para uso dos recursos da PGPM-Bio.

No ano passado, por exemplo, a técnica Martha Helena de Macedo, da Sugof/Gebio, esteve no estado de Sergipe, onde contatou os representantes de cooperativas e associações de catadores de mangaba,  explicando-lhes  os benefícios.

Segundo ela, os catadores passam por diversas dificuldades, entre as quais o impedimento de percorrerem áreas de fazendas onde há o desenvolvimento natural das mangabeiras. “Alguns fazendeiros adotam a prática de corte da planta, objetivando afastar os extrativistas de seu território”, medida que considera perversa. Também, lembra a questão burocrática de emissão de nota fiscal, onde incidem os impostos estaduais, considerados elevados para o padrão modesto da população.  




Fonte: Conab

URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/20997/visualizar/