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MEIO AMBIENTE
Sábado - 15 de Janeiro de 2011 às 12:57
Por: Do G1 RJ

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Em Areal, município de 11 mil habitantes na Região Serrana do RJ, um aviso de "alerta máximo" feito por um carro de som impediu que os efeitos da cheia do Rio Piabanha, que corta a cidade, provocasse estragos ainda maiores.

"A prefeitura municipal de Areal informa: alerta máximo. Em virtude das chuvas, solicitamos que os moradores das margens dos rios Preto e Piabanha fiquem de alerta máximo e se retirem para lugar seguro, pois o leito estará subindo nos próximos minutos", dizia a gravação.

A iniciativa simples e barata permitiu que várias famílias saíssem de suas casas a tempo. A chuva deixou três feridos no município, mas até o momento não há registro de mortos. O Rio Piabanha atingiu mais de seis metros e deixou várias áreas da cidades alagadas. Pelo menos 700 pessoas ficaram desabrigadas.

Segundo a prefeitura, na quarta-feira (12), as autoridades do município foram avisadas da abertura das comportas da barragem Morro Grande. Em função disso, um carro de som circulou pela cidade, alertando a população.

Parte dos moradores de Areal está isolada depois da abertura de uma cratera na ponte que liga o Bairro da Ilha à Rua Afonsina. O comércio está fechado e o hospital sem médicos. O atendimento a feridos e doentes está concentrado em postos de saúdes.

Subiu para 558 o número de vítimas na Região Serrana do Rio, segundo as prefeituras e o Corpo de Bombeiros de Itaipava.

Segundo o último levantamento, são 252 mortos em Nova Friburgo, 240 em Teresópolis, 18 em Sumidouro, 46 em Petrópolis e 2 em São José do Vale do Rio Preto. Outros dois municípios também tiveram áreas devastadas: Bom Jardim e Areal.  A Defesa Civil não descarta a possibilidade de haver vítimas fatais nessas cidades.

O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial no estado do Rio de Janeiro por sete dias. O decreto, assinado na sexta-feira (14), entra em vigor na próxima segunda (17), quando será publicado no diário oficial.

Os serviços de água e luz ainda são precários na Região Serrana. Em Teresópolis, 60% da população ainda está sem água.

Maior tragédia da história

Esta já é a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.

No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril. Relembre outras tragédias.





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