Destruído, asfalto "casca de ovo" da Rodovia do Vale agora está sendo encascalhado

A pouco mais de um ano de inaugurado, o asfalto da Rodovia do Vale (MTs 220 e 350), entre Juara e Juína, a 634 km de Cuiabá (nortão) está praticamente destruído. A única  forma de amenizar os inúmeros defeitos e crateras que apareceram ao longo do trecho, que tem 93 km, foi o cascalhamento. Quem trafega hoje pela rodovia tem a impressão de que ela nunca foi asfaltada.

A Rodovia do Vale não oferece as mínimas condições de trafegabilidade, oferecendo riscos e transtornos aos condutores. A inauguração inclusive teve direito grande comemoração com presença do então governador Blairo Maggi.

Seis meses depois de inaugurada - junho de 2010 - a pista já apresentava inúmeros problemas, deixando evidente que tratava-se do conhecido “asfalto casca de ovo”. Responsável pela pavimentação da rodovia, a empresa Redran deu início a marcação dos pontos críticos, animando os usuários. A empresa chegou a retirar o pavimento de alguns pontos sugerindo que nos passos seguintes viria com o novo asfalto.

Só que o serviço não passou disso. Nada de tapar os buracos, além de terem abertos outros que continuam nas mesmas condições. Agora, com a chegada das chuvas, a situação tem piorado a cada dia. Como a obra é resultado de uma Parceria Público Privada – PPP – entre produtores da região e governo do estado de Mato Grosso -, vários produtores deixaram de pagar as últimas parcelas por não aprovarem a qualidade do serviço, que até hoje não foi totalmente concluído.

Em novembro passado, a Associação Intermunicipal dos Beneficiários anunciaram que acionaram a Justiça para exigir que a empreiteira Redram solucione os problemas.  Membros da associação chegaram a discutir o assunto com o governador do estado, Silval Barborsa, oportunidade em que estiveram acompanhados do prefeito de Juara, Alcir Paulino.

A empreiteira já foi notificada pela Associação e pela Secretaria Estadual de Infra-Estrutura (Sinfra/MT) e teria se comprometido a sanar os danos. Chegou a iniciar a recuperação, deixando inclusive buracos ocasionados pela retirada da capa asfáltica, sugerindo que o reparo fosse feito. Porém, as chuvas chegaram e a empresa paralisou os trabalhos.

Durante a reunião com o governador Silval Barbosa, ficou definido ainda que uma comitiva iria até Curitiba/PR, onde fica a sede da empresa, para cobrar a conclusão dos trabalhos.