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POLÍCIA
Segunda - 11 de Abril de 2016 às 08:35
Por: G1 MT

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A Polícia Civil deverá investigar a agressão que teria sido sofrida por uma criança dentro da padaria Viena, localizada no bairro Popular, em Cuiabá, na noite da última sexta-feira (8). De acordo com o boletim de ocorrência do caso, a Polícia Militar foi chamada para atender uma ocorrência de lesão corporal que teve como vítima um menino de aproximadamente 10 anos de idade, que estava no local com outros dois garotos. Os três seriam vendedores ambulantes.

O G1 tentou falar com o dono da padaria, mas ele não atendeu as ligações. O caso ganhou repercussão depois que a história foi publicada no Facebook pelo empresário e estudante de direito, Willian Gama, de 22 anos, que testemunhou o ocorrido. Até a publicação desta matéria, o texto, acompanhado de imagens do boletim de ocorrência, havia tido mais de 14 mil compartilhamentos.

Em entrevista ao G1, Gama contou que estava na padaria com outras três pessoas quando viu três meninos chegando. O mais velho, disse ele, aparentava ter no máximo 12 anos. Dois deles entraram na padaria, compraram o que parecia ser um pedaço de bolo, e ocuparam uma das mesas do lado de fora para comer.

Enquanto isso, o menor deles ficou oferecendo paçoca aos clientes. Depois, entrou na padaria e uma mulher se dispôs a pagar o que ele quisesse consumir. O menino escolheu, ela pagou e quando a criança estava saindo do comércio recebeu um murro de um dos funcionários na região da cabeça, relatou o empresário. "Tudo que estava na mão dele caiu. E ele caiu em cima da mesa dos irmãos", contou Gama.

E, logo após se levantar, a criança recebeu outro murro, também na região da cabeça. "Eu não sei como ele não desmaiou porque é um menino muito pequeno, não parece ter mais que 7 anos", disse Gama. As três crianças começaram a chorar e foram embora do local.

Ainda segundo o empresário, os outros funcionários ficaram olhando e rindo. "São truculentos, covardes. Agiram como se aquilo acontecesse todos os dias. Nada justifica essa agressão", disse.

Indignados, Gama e os amigos chamaram o gerente, que estava dentro da padaria. Ele saiu e falou rapidamente com o agressor, que entrou no estabelecimento, contou o empresário. "O gerente acobertou o funcionário. Foi cúmplice do que aconteceu. Ele me falou que ia dispensar esse funcionário, mas respondi que não era mais um caso para a padaria e sim para a polícia", disse o estudante.

O empresário e os amigos chamaram a Polícia Militar. O gerente falou com os PMs, mas não forneceu o nome completo e nem o contato do funcionário, disse Gama. Consta do boletim de ocorrência o primeiro nome do funcionário: José.

Na PM, o caso foi registrado como lesão corporal consumada. Procurada, a assessoria da Polícia Civil disse que o boletim de ocorrência deverá ser encaminhado para a Deddica (Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Cuiabá.





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