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EDUCAÇÃO
Segunda - 01 de Novembro de 2010 às 09:17
Por: ROSELI RIECHELMANN

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Programa Escola Aberta (PEA) nasce em 2007, em 20 unidades de ensino da rede estadual e hoje chega a 60 escolas (Cuiabá, Várzea Grande e Baixada Cuiabana). Surge como um instrumento de integração escola/comunidade e é uma das ferramentas da educação para reduzir os índices de violências nas unidades escolares.

Realizado nos finais de semana, o programa se dá pela oferta gratuita de oficinas para a comunidade escolar, do bairro e entorno. São atividades nas áreas de cultura e arte - esporte, lazer e recreação, qualificação para o trabalho e geração de renda, além de formação educativa complementar. Os cursos são definidos pela comunidade com oficineiros da região.

Também integram a equipe do PEA um coordenador escolar e professores comunitários, referenciados pela Gestão da escola. Eles atuam na coordenação e organização do programa na escola, bem como o supervisor/monitor designado pela sede da Secretaria de Estado de Educação para o acompanhamento. Todos são voluntários.

Bela Vista

A Escola Estadual Bela Vista, no bairro Bela Vista, em Cuiabá, foi uma das primeiras unidades a implantar o programa. Ela está localizada numa região considerada pelas autoridades de segurança como violenta e de grande vulnerabilidade social. Porém, o projeto confere ao local o “status” de Campo Neutro.

A professora Eliane Digigov é coordenadora pedagógica da escola e responsável pelo programa realizado aos sábados e domingos na unidade. Eliane é taxativa ao afirmar que a Escola Aberta ganhou o “respeito de toda a comunidade”.

Nessa escola são ofertados cursos de dança de salão, manicure, culinária, capoeira, informática, sem contar a utilização do espaço da quadra, que é liberado para práticas desportivas como futebol, vôlei e basquete. Para o público infantil há uma oficineira recreadora que coordena a distribuição de brinquedos e jogos (quebra-cabeça, bingo, pintura, pebolim, ping-pong e outros) e orienta os participantes. “É um espaço para distração e aprendizado, para os pais que quiserem conhecer informática, aprender a cozinhar e fazer unhas”, diz Eliane. Na avaliação da Coordenadora, o projeto facilita o relacionamento com a comunidade.

O
designer gráfico Cleverson Durigão, que é oficineiro instrutor digital na escola disse que “é uma oportunidade de produzir algo últil e prazeroso no tempo livre”. O estudante Newton Santos Leque, 18 anos, oficineiro dançarino, afirma que “são algumas horas para aprimorar o conhecimento artístico”. E para Eulina Isabeli, 14 anos “é um período de aperfeiçoamento e possibilidade de ganhar um dinheiro extra, caso decida fazer da manicure um hobby lucrativo

Segundo o professor Guilherme Luis Costa, técnico da Seduc (um dos seis supervisores monitores do programa) “os resultados são termômetro para a continuidade do programa”. Ele explica que por meio do Comitê Metropolitano, fórum de representantes das escolas do PEA, promovem a troca de experiências, informações e proposições ao programa. "Em 2009, a avaliação geral identificou maior participação das famílias nas escolas, o aumento do compromisso da comunidade com a escola, maior participação dos alunos nas atividades pedagógicas e respeito dos alunos ao patrimônio público".






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