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CIDADE
Sábado - 23 de Outubro de 2010 às 11:39
Por: ZEQUIAS NOBRE

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Os auditores estaduais terminaram nesta sexta-feira (22.10) o curso de contabilidade pública, ministrado pelo professor João Fortes. A capacitação, ocorrida na Escola de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), tratou de apresentar aos servidores da Auditoria Geral do Estado (AGE) as peculiaridades inerentes à contabilidade pública e às alterações decorrentes da adesão do Brasil às normas intencionais de contabilidade. O curso correspondeu à terceira etapa, de dez previstas, do último módulo do Programa de Capacitação dos Auditores do Estado.

Segundo Sérgio Carvalho, auditor recém-empossado, o curso oferecido foi interessante para aprimorar a formação, uma vez que nem todos os auditores, em decorrências dos diversos perfis profissionais existentes no cargo, têm muito contato com a área contábil, necessária no dia-a-dia. “Conhecia a contabilidade gerencial, mas não possuía domínio sobre a pública”, confessa.

Já para Davi Botelho, auditor do Estado há 23 anos, “a capacitação foi extremamente proveitosa, principalmente em virtude do amplo conhecimento e domínio apresentado pelo professor sobre o assunto, tanto no que concerne à contabilidade privada quanto à pública”. Conforme salientou, o enfoque sobre as duas áreas foi elucidativo na medida em que a administração estadual também possui empresas públicas e de economia mista que seguem as regras da contabilidade comercial.

Além disso, a abordagem realizada pelo palestrante sobre a adesão do Brasil às normas internacionais de contabilidade antecipou aos auditores parte do conhecimento que será necessário ao desenvolvimento de suas atividades a partir de 2012, quando a aderência a estas regras pelos Estados brasileiros passa a ser obrigatória.

Conforme esclareceu João Fortes, as normas internacionais aproximam as duas contabilidades e dá, à pública, um enfoque patrimonial. Pelo modelo vigente no país o enfoque reside sobre a questão orçamentária. Com essa alteração será possível a administração conhecer mais claramente seu patrimônio, podendo, consequentemente, realizar uma gestão sobre os bens de modo mais eficiente. “Os registros contábeis ficam, pelas regras internacionais, mais próximos da realidade. Isto porque serão lançadas as provisões, incluindo depreciações, férias, décimo terceiro e outros, além dos registros de bens de uso comum, como praças, pontes e rodovias”, explica Davi.

Fortes afirma ainda que as novas regras no país deverão produzir algumas mudanças no Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (Fiplan), que foi concebido de acordo com as normas vigentes. Entretanto, afirma, são apenas questões estruturais relativa ao maior detalhamento das informações.

Quarta etapa

Na próxima segunda (25.10) os auditores estaduais iniciam o curso “A eficácia das licitações e eficiência da contratação”, ministrado pela consultora e professora Valéria Cordeiro. A palestrante possui ampla experiência na realização de treinamentos voltados para profissionais da área de licitação e contratos e pregoeiros. Com premiações em congressos nacionais, Valéria atua ainda como presidente da Comissão de Licitação, além de assessora técnica de Licitação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

O curso, penúltimo a ser realizado pelos auditores este ano, terá a duração de quatro dias e ocorrerá no auditório do parque Massairo Okamura, em Cuiabá.






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