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AGRICULTURA
Domingo - 10 de Outubro de 2010 às 18:50

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A inciativa é uma parceria entre a empresa, prefeitura,  Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Embrapa Hortaliças e Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O banco de hortaliças de Contagem é o  primeiro no estado em área urbana. 

Vinte e cinco tipos de hortaliças não convencionais serão cultivados no banco, que funciona no Centro Municipal de Agricultura Urbana e Familiar de Contagem (CMAUF). No local, pode-se encontrar plantas como o feijão mangalô, chuchu-de-vento e jambu. O almeirão-de-árvore faz parte desse seleto grupo. A planta é usada no preparo de pratos quentes ou saladas e recebeu esse nome porque se parece com uma árvore à medida que cresce. “É uma planta que no passado foi trazida pelos portugueses, mas não seguiu uma linha comercial. Era muito consumida nas comunidades, mas, com o tempo foi substituída por outros alimentos”, explica o coordenador técnico de Olericultura da Emater-MG, Georgeton  Silveira.

Para o coordenador um banco de hortaliças não convencionais numa área urbana é uma experiência diferente. Segundo ele, o desafio é maior. “Há uma influência mais forte da alimentação industrializada  num local onde se perdeu quase que totalmente a ligação com uma série de questões relacionadas à produção e ao consumo de hortaliças”, afirma Georgeton.

O banco de hortaliças não convencionais de Contagem vai beneficiar o município e cidades vizinhas com a distribuição gratuita de sementes e mudas. Dentro de sete meses começará a distribuição do material. Os interessados devem procurar o escritório da Emater-MG  de Contagem ou o CMAUF.  A pessoa faz um cadastro e assina um termo de responsabilidade para garantir que vai fazer uso adequado das sementes e mudas.“Quem recebe esse material tem a responsabilidade de estar realmente propagando o cultivo e a produção dessas hortaliças”, explica Georgeton. Dessa forma, a expectativa é aumentar o cultivo e consumo de hortaliças não convencionais em Contagem e cidades vizinhas a médio e longo prazo. Os interessados podem obter informações pelos telefones: (31) 3333-1541 ou  (31) 3331-1621 e pelo e-mail georgeton@emater.mg.gov.br.

Trabalho no Estado

A implantação de bancos de hortaliças não convencionais teve início em 2008. Os municípios de Três Marias e Prudente de Morais, região Central, foram os primeiros a serem beneficiados. De lá para cá, mais cinco bancos foram inaugurados nos municípios de Contagem, Juiz de Fora (Zona da Mata), São João del Rei (Campo das Vertentes), Varzelândia (Norte de Minas) e Delfim Moreira (região Sul ). Ao todo cerca de 30 tipos de hortaliças são cultivados atualmente.

De acordo com Georgeton Silveira, o trabalho já apresenta bons resultados. “Pelos relatos que ouvimos nas comunidades atendidas em Três Marias, o consumo de hortaliças não convencionais aumentou”, diz. A gestão dos bancos é feita em parceria entre as instituições envolvidas no trabalho e as comunidades. Ao todo cerca de 210 famílias já foram beneficiadas com a doação de mudas e sementes.

Por meio dos bancos de hortaliças não convencionais pretende-se também estimular uma alimentação mais saudável. A ideia é fazer com que as pessoas retomem o hábito de consumir essas plantas regularmente. Segundo a coordenadora técnica em Segurança Alimentar da Emater-MG, Faustina Maria de Oliveira, as hortaliças não convencionais são ricas em vitaminas, carboidratos, sais minerais e  fibras. Elas também são importantes para regular as funções do corpo e na proteção contra doenças. “Esses nutrientes estão presentes em maior ou menor quantidade dependendo da parte da planta que será utilizada. A recomendação para uma alimentação saudável é que se consuma de  4 a 5 porções por dia de hortaliças”, explica Fausitna de Oliveira.

A dona de casa Izaura Pereira mora na município de Três Marias. Ela sabe como ninguém como é difícil encontrar certas hortaliças. Problema solucionado com a implantação de um banco de hortaliças não convencionais no município. A partir de agora, dona Izaura garante que não vai faltar opções para enriquecer o cardápio da família.  “A nossa alimentação melhorou muito. Tá mais diversificada”, disse.





URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/22123/visualizar/