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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Sábado - 21 de Agosto de 2010 às 14:23
Por: Edson Rodrigues/Secom-MT

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Edson Rodrigues/Secom-MT
Helena Luiza dos Santos e Francisca Teixeira em Marcelândia
Helena Luiza dos Santos e Francisca Teixeira em Marcelândia
Praticamente todas as famílias que perderam suas casas em Marcelândia (710 km ao Norte de Cuiabá), em decorrência do incêndio, ocorrido no dia 11 de agosto, estão instaladas em casas de parentes e amigos ou alugaram temporariamente um imóvel. No caso de Dona Helena Luzia e sua nora Francisca Teixeira uma amiga cedeu uma casa para que elas se instalassem até a casa do Conjunto Habitacional Fênix ficar pronta. Seis pessoas dividem espaço nos quatro cômodos da casa.

O Governo do Estado já anunciou um conjunto habitacional de 100 casas, que será construído emergencialmente para atender as famílias desabrigadas no desastre. A Defesa Civil do Estado acompanhou todo o processo e tem registrado o número exato de 96 famílias sem casa. A Prefeitura já definiu a área, localizada estrategicamente próximo à escola, Posto de Saúde e também do Parque Industrial. O prefeito Adalberto Diamante mostra o local e prevê um prazo de 10 dias para limpar o terreno, que ainda tem uma montanha de pó de serra queimando.

Durante a semana a assistente social do município visitou todas as famílias nos locais em que estão abrigadas, verificou as casas destruídas e está elaborando um cadastro para organizar a distribuição dessas residências a serem construídas.

Dona Helena morava no pátio da serraria em que o filho Clóvis Luiz, de 25 anos, trabalhava. No mesmo terreno moravam ainda Clóvis, a esposa Francisca e os dois filhos pequenos. Francisca estava em casa na hora que o fogo atingiu a propriedade, tentou slavar algumas coisas, mas conta que foi impossível. Francisca ficou até sem os documentos dela e dos filhos. Mas foi uma das pessoas atendidas no Mutirão da Cidadania.

Na casa emprestada por uma amiga a família mostra a TV que recebeu de doação, vinda de Sinop. Ganhou também camas e um fogão. Ciente da gravidade do que viveram dona Elena ressalta que tem esperança porque ninguém perdeu a vida. “Vamos vivendo, tenho esperança que vamos conseguir uma casa e refazer a vida, o que importa é que escapou tudo com vida, ninguém morreu”, disse a dona de casa que trabalhou por 22 anos em serraria.

Somente uma família estava nesta sexta-feira (20) no abrigo cedido pelo Lions Clube. Dona Lourdes e quatro filhos já alugaram uma casa e preparavam a mudança. Dona Lourdes, 43 anos, não perdeu o emprego e continua trabalhando numa fábrica de portas e janelas. Ela está animada com a possibilidade de ter uma casa própria e de alvenaria. “Eu acredito que eu vou ganhar uma casa, não tenho marido e cuido sozinha dos meus filhos”, comentou. Os filhos adolescentes também estão ansiosos por ter uma casa, eles estão há uma semana morando no abrigo, sem móveis e sem divisão de cômodos.

MORADIA – Marcelândia receberá ainda mais um conjunto habitacional do Programa Meu Lar, na modalidade To Feliz, em que as famílias não pagam nada pelo imóvel. A construção será acelerada por conta da tragédia ocorrida na cidade, o Governo prevê que além de reduzir o déficit habitacional, construir as casas nesse momento representa a geração de empregos, uma das preocupações do município.

A Prefeitura tem um levantamento das famílias a serem atendidas e na próxima semana começa o cadastramento.




Fonte: Secom-MT

URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/22642/visualizar/