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ECONOMIA
Segunda - 19 de Abril de 2010 às 18:06

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A Colônia de Pescadores Z11 de Poconé procurou a MT Fomento para reivindicar uma linha de crédito diferenciada para os pescadores na semana passada. Para atendê-los, sem fugir das diretrizes estabelecidas pelo Banco Central, a Agência conduziu nesta segunda-feira (19.04) uma reunião em Poconé, para mostrar as linhas de atuação no mercado e a partir daí, discutir uma linha de financiamento que se enquadre as expectativas e condições de pagamentos dos pescadores da referida região. Além do presidente da Colônia, 80 pescadores (as) participaram da iniciativa tirando dúvidas e apresentando sugestões.

“Vamos fazer os ajustes e apresentar uma proposta definitiva para atender os pescadores. É possível uma flexibilidade maior em consideração ao período de Piracema, onde não pagariam a prestação do financiamento durante a proibição da pesca sem prejuízo de inadimplência, sendo que ao término da Piracema continuarão pagando as parcelas”, explicou Arcleidy Dias Pereira, presidente da MT Fomento.

Segundo Arcleidy, são recursos que independente da situação precisam retornar ao caixa da Instituição. “Existem outras pessoas que também precisam. São recursos pequenos, para projetos pequenos para que possamos atender mais gente”, declarou.

Para pleitear as linhas de financiamento da MT Fomento o cidadão precisa ter capacidade de pagamento, garantia no negócio e não possuir restrições. As parcelas são fixas e em até 36 meses de pagamento, com carência de 60 dias para primeira parcela e juros de 1,5% ao mês, no caso dos pescadores da Colônia Z11. Os boletos de todas as prestações são emitidas com pagamento em qualquer agência bancária ou lotéricas, para maior comodidade do beneficiado.

Para a pescadora Maria Tereza Figueiredo Minas Novas, é uma oportunidade boa para poder se virar melhor. “É muito bom para quem não tem o dinheiro para investir. Tenho vontade e vou preencher uma proposta para comprar um barco com motor. Eu e minha família tiramos o nosso sustento da pesca. Tenho certeza que vai melhorar nosso rendimento”, avaliou Maria Tereza.

Seo Francisco Silva de Oliveira é outro pescador que herdou de seus pais a profissão de pescador. Ele já possui o barco mas falta o motor. Acredita que o trabalho será muito mais rentável se compra-lo. “Pesco com uma canoa, no remo é cansativo sem falar que não dá para ir muito longe. Com o barco motorizado terei 100% mais chances de percorrer o rio, será muito mais rentável financeiramente. A reunião deixou expectativas positivas no sentido de viabilizar este objetivo”, revelou Francisco. Além dele, outras pessoas da família dependem da pesca para sobreviver. O pescado é vendido na feira da cidade, o excesso seu Francisco guarda no freezer em sua casa, também disponível para a venda.

Em épocas boas a pescaria, como qualquer outro negócio traz lucros, mas quando a oferta é muito grande o preço cai e inviabiliza a vida financeira dos pescadores. Por esse motivo procuraram a MT Fomento para discutir uma solução diferenciada para a categoria.

O presidente da Colônia de Pescadores Z11, Sebastião Vicente do Prado, disse que pode fornecer o rendimento mensal de cada um dos associados para agilizar o processo. “A Colônia só não tem condições de assumir responsabilidade sobre os objetos adquiridos. Vou buscar algo que beneficie vocês (pescadores), alguma coisa que ajude a todos, uma caixa para transporte da mercadoria sem custos para o associado e que seja de uso comum ou um caminhão”, declarou Sebastião.

A parceria com a MT Fomento passa pela Colônia Z11, principalmente no sentido de ser uma fiscalizadora para os pagamentos em dia.

Participaram da reunião no auditório do Sesc, em Poconé, o presidente da Federação dos Pescadores em Mato Grosso, Lindemberg Gomes Lima e a vereadora do município Ornella Falcão.

Linhas de Financiamento

Ao construir uma linha de financiamento a MT Fomento prioriza a discussão com a categoria envolvida. Nesses moldes foram criadas as linhas para Rota do Peixe, Mototaxi, aviário de Reserva do Cabaçal, trailers de Cuiabá, barracas do Centro Político Administrativo, para produção de semi-jóias a partir de resíduos de garimpo em Poxoréu e tantas outras.

“É cômodo fazer uma linha de crédito e lançar no mercado. Mas construir condições de mecanismos para atender a demanda e cumprir os procedimentos do Banco Central é mais difícil. Pensando nesses detalhes a equipe acredita ser melhor o caminho da discussão e do entendimento”, declarou Arcleidy Dias Pereira, presidente da MT Fomento.






URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/23750/visualizar/