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CIDADANIA
Sábado - 17 de Setembro de 2016 às 18:15
Por: Redação TA c/ TJMT

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Foto: Divulgação

Setembro Amarelo é um movimento mundial para conscientizar a população sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção. A cada suicídio, de seis a dez outras pessoas são diretamente impactadas, sofrendo sérias consequências difíceis de serem reparadas.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil ocorrem 32 suicídios por dia e 90% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde, poderiam ser evitados. O suicídio é considerado um problema de saúde pública e mata um brasileiro a cada 45 minutos e uma pessoa a cada 45 segundos em todo o mundo. Pelo menos o triplo disso já tentou tirar a própria vida e outras chegaram a pensar em suicídio.

Em Cuiabá, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está entre as instituições que trabalham pela causa neste ano. Neste mês de setembro, em que é lembrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro), as atividades do CVV local ganharam mais força.

Já foram realizadas palestras em instituições religiosas sobre a prevenção do suicídio e ainda vai ser realizada Roda de Conversa com estudantes de medicina da UFMT. Ainda dentro da programação do Setembro Amarelo, o CVV vai promover palestra no dia 20 de setembro no Palácio da Paz, na maçonaria Grande Oriente do Estado de Mato Grosso, às 20h. “Conversando sobre o luto” é o tema da palestra que será proferida pela psicóloga e suicidologista Karen Scavacini.

De acordo com a coordenadora Nacional do CVV Comunidade e voluntária da instituição, Ana Rosa Ramos Nunes, o Centro de Valorização da Vida existe na Capital há 25 anos e atende em média 40 pessoas por dia. São 50 voluntários que se revezam no atendimento, 24 horas por dia.

O principal objetivo do CVV é prevenir o suicídio e, de acordo com a voluntária, o sigilo é fundamental em todos os atendimentos. “Nossa função aqui é ouvir os problemas e tentar ajudar a pessoa da melhor maneira possível”, esclarece Ana Rosa, que é também a fundadora da instituição na Capital.

Ela explica que além do atendimento por telefone e pessoalmente, o órgão conta ainda com o serviço via internet com o CVV web (que é por meio de chat) e o CVV VoIP (via skipe). “Costumo dizer que funcionamos como um pronto socorro emocional”, ressaltou. Ela explica ainda que a procura aumenta sempre que há divulgação do serviço. “Temos períodos que a procura por atendimento é maior, principalmente quando as pessoas tomam conhecimento do nosso serviço por meio da imprensa”.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso também aderiu ao Setembro Amarelo. O prédio está iluminado com a cor que representa a luta de prevenção ao suicídio.

Para os profissionais da psicologia, falar sobre suicídio é sempre desafiador. A psicóloga do Programa Bem Viver do TJMT, Gisele Ramos Castilho, afirma que mesmo de forma velada, quem pensa em suicídio geralmente fala sobre o assunto. “Precisamos estar atentos e ouvir mais. Prestar atenção ao comportamento das pessoas. A depressão, acompanhada da tristeza, às vezes leva uma pessoa a ter um pensamento suicida”, destacou a psicóloga.

Gisele afirma que é sabendo ouvir que podemos ajudar um parente, amigo ou até mesmo um colega de trabalho a sair de uma situação de desespero. “Entre os sinais de que uma pessoa pode estar com depressão estão o isolamento e as alterações de humor”, alerta a psicóloga.





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