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POLÍCIA
Sexta - 07 de Outubro de 2016 às 15:27
Por: Redação TA c/ Gcom-MT

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Foto: PJC-MT

Sete pessoas acusadas de aplicar golpe em parentes de pacientes internados para tratamento de saúde foram presas em Rondonópolis (212 km ao Sul), na operação “Prontuário”, deflagrada na quinta-feira (06.10), pela Polícia Civil do Estado do Pará, com apoio da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.

De acordo com a delegada, Karina Correia Figueiredo Campelo, da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT), de Belém do Pará, as investigações começaram em junho de 2016, com registros de boletins de ocorrências de vítimas que relatavam ter recebido telefonemas de pessoas se identificando como médicos, informando sobre a necessidade de exames de urgências para parentes internados em Unidades de Tratamento Intensivos (UTI), do estado.

“Foi iniciada a investigação e identificamos todos os componentes que eram de Rondonópolis e representei por prisões temporárias, preventivas e buscas”, explicou.

Os suspeitos identificados nas investigações são os presidiários da Penitenciária Regional, Major Eldo de Sá Correa, conhecida por Mata Grande: João Batista dos Santos, Roberto Pio da Silva, Elias Sousa Neto, que tiveram mandados de prisão cumpridos dentro da unidade.

Do lado de fora, os detentos contavam com apoio Fernando César da Silva e Júlio César Costa Brandão, presos preventivamente, e das mulheres Iranildes Ramos de Sousa, mãe de Elias Souza Neto, Aldairis Ribeiro da Silva, que está grávida de seis meses, esposa de João Batista dos Santos. As duas mulheres estão presas temporariamente.

A organização criminosa enganou pelo menos dez vítimas, identificadas até o momento nas investigações. Conforme a delegada Karina Correia, parentes de pacientes internados em UTIs no Estado do Pará efetuaram depósitos entre R$ 1,5 mil R$ 3 mil, depois de receberem telefonemas de falsos médicos, alegando urgência na realização de exames hospitalares.

“Eles ligavam como médicos nos hospitais, diziam que queriam o mapa da UTI ou dados de pacientes internados na UTI. Pegavam o contato do familiar responsável pelo paciente, se identificavam como médico e falavam todas as informações do prontuário. A família acreditava que estava falando com o médico”, disse a delegada.

“Criavam uma situação de pânico, falando que a vítima teve um agravamento e se o exame não fosse feito o mais rápido possível, podia não resistir. Já davam a solução, apresentando uma clínica e o número da conta para depositar o dinheiro”, completou.

O delegado da Derf de Rondonópolis, Gustavo Colognesi Belão, informou que tanto as contas bancárias quando os estelionatários foram identificados como sendo de Rondonópolis. “As contas bancárias, são de Rondonópolis. Essas quatro pessoas de fora da cadeia forneciam contas e auxiliavam os presos na aplicação dessa fraude”, disse.

A delegada Karina Correia informou que os presos Fernando César da Silva e Júlio César Costa Brandão, presos preventivamente, serão levados para Belém do Pará. Todos serão indiciados por crimes de estelionatos e associação criminosa.

Em Rondonópolis, a Polícia Civil deu apoio nos levantamentos e na execução da operação da Polícia Civil do Pará.





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