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SEGURANÇA
Quarta - 23 de Março de 2016 às 08:55
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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A Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa deu parecer favorável ao Projeto de Lei nº 387/2015. Ele determina a instalação de câmeras de vigilância nas áreas externas dos bancos de crédito, de financiamento e investimentos. Elas também são indicadas para estabelecimentos similares e em todas as regiões do estado onde funcionem. A medida é considerada uma resposta ao crescimento do número de ações criminosas, considerado alto.

Há exatos dois meses, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT) revelou que o número de ataques a bancos e caixas eletrônicos em cidades de Mato Grosso aumentou 23% em 2015, comparado com 2014. No ano passado foram registrados 32 ataques a bancos e 53 ataques a terminais eletrônicos, num total de 85 casos. As investidas ocorreram em Cuiabá e em outras 19 cidades mato-grossenses.

Segundo o autor do projeto, deputado Wagner Ramos (PSD), a vigilância é muito útil para governos e instituições no tocante à aplicação da lei. “Ela também é extremamente importante para manutenção da fiscalização, do controle social e da segurança, além de reconhecer e monitorar as ameaças, impedir que elas aconteçam e investigar atividades criminosas”, observou o parlamentar.

Ele também reforçou a necessidade estratégica de se facilitar a solução de ocorrências policiais e diminuir suas incidências nos locais onde são praticados os crimes conhecidos como ‘saidinha de bancos’. Por sua vez, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) informou que as instituições investem em segurança com equipamentos de alta tecnologia e que dificultam o acesso a senhas e caixas.

Em contrapartida, levantamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) mostrou que “pessoas continuam sendo assassinadas em assaltos envolvendo bancos”. O resultado foi publicado pelo Sindicato dos Bancários de Brasília (bancariosdf.com) em 31 de julho de 2014 e revelou 32 mortes em assaltos no primeiro semestre daquele ano.

O levantamento foi realizado com base em notícias da Imprensa e com apoio técnico do Dieese – o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. O crescimento das mortes em “saidinha de banco” também não surpreende a Contraf-CUT e a CNTV.

“Mais do que preocupantes, elas comprovam o descaso e a indiferença dos bancos para a prevenção de assaltos e sequestros”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Segundo ele, as instituições continuam enxergando a segurança como custo e não como investimento na proteção da vida de trabalhadores e clientes. 




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