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POLÍTICA
Sexta - 27 de Janeiro de 2017 às 15:23
Por: Do G1 RS

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Foto: Bernardo Bortolotto/RBS TV

Em campanha informal, já que ainda não foi oficializado como candidato à reeleição na Câmara dos Deputados, o atual presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteve em Porto Alegre nesta sexta-feira (27). A eleição está marcada para 2 de fevereiro, dia em que começa o ano legislativo.

Maia negou ser o candidato do governo. "Eu não sou candidato do governo. Claro que o governo vê com simpatia a minha candidatura, assim como a do deputado Jovair. O que tenho recebido do PV, do PP, talvez seja uma demonstração de paciência, de trabalhar pela harmonia, pelo debate. Eu fui o presidente que garantiu essa harmonia e essa independência, dois pontos que são fundamentais no sistema democrático brasileiro. Só me traz alegria ter presidido a Câmara até o momento e ter tantas manifestações de apoio e elogio à minha condução", sustentou.

Ele participou de um almoço com deputados da bancada gaúcha e ouviu as demandas, em busca de apoio para a reeleição. Maia deve visitar ainda cidades do Norte e Nordeste no fim de semana e, só depois disso, deve oficializar sua candidatura.

“Assim que eu terei visitado quase a totalidade do estados e logo na semana que vem, com a consolidação desses apoio e dessas visitas, eu lanço a candidatura. Eu não gostaria de tomar a decisão final sem ter visitado a maioria dos estados do país, porque isso é muito importante, a gente conhece um Brasil real, a gente atualiza a nossa opinião sobre o Brasil real”, afirmou.

Maia comentou ainda sobre o acordo de renegociação da dívida do Rio de Janeiro, seu estado, com a União. O Rio Grande do Sul é o próximo da fila a ter sua situação analisada pelo Ministério da Fazenda.

"Na posição que eu estiver a partir de 3 de fevereiro, seja decidindo ser candidato e eleito ou não sendo mais presidente da Câmara, a minha posição será de colaborar de alguma forma e estar próximo a esse debate", ponderou.

Maia assumiu a presidência da Câmara para um mandato-tampão em julho do ano passado, após o então presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter renunciado ao posto. O mandato de Cunha terminaria em fevereiro de 2017.

Já se lançaram candidatos os deputados Jovair Arantes (PTB-GO), André Figueiredo (PDT-CE) e Rogério Rosso (PSD-DF). Rosso não conseguiu o apoio do próprio partido e suspendeu a campanha para aguardar posição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a presença de Maia na disputa.

A assessoria do democrata informou na quinta-feira (26) que, se o parlamentar for candidato à reeleição, não comandará a sessão. O deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR) moveu uma ação no STF na qual pediu à Corte que impeça Rodrigo Maia de conduzir o processo eleitoral. "Sendo o Rodrigo Maia candidato à reeleição, ele não irá conduzir a sessão", informou a assessoria do parlamentar.

Segundo a assessoria de Maia, o presidente da Câmara não pode presidir a própria recondução ao cargo – mesmo não havendo proibição do regimento da Casa – já que isso "prejudicaria a lisura do processo".

O comando da sessão, portanto, se Maia confirmar a candidatura, ficará com o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA).

Ações judiciais

Além da ação de Alfredo Kaefer, movida nesta quinta, outros pedidos já foram levados ao Supremo contra Rodrigo Maia. O Solidariedade, por exemplo, pediu à Corte que proíba o atual presidente da Câmara de se reeleger. Além disso, o deputado André Figueiredo (PDT-CE), candidato a presidente da Casa, solicitou ao STF que Maia sequer seja autorizado a disputar a reeleição.

Os adversários de Rodrigo Maia alegam que o regimento interno da Câmara impede a reeleição na mesma legislatura (a atual termina somente em 2018). Os aliados do presidente argumentam, porém, que ele foi eleito em julho do ano passado, após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para uma espécie de "mandato-tampão" de seis meses e, portanto, a regra não se aplica a Maia.





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