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POLÍTICA
Quarta - 09 de Março de 2016 às 16:53
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal ouviu Paulo Bernardo Campos, atualmente preso acusado de homicídio, na Cadeia Pública do Capão Grande (Várzea Grande). Apesar de ter o nome registrado como sócio-administrativo da empresa Folha Verde Comércio de Grãos Ltda, ele negou qualquer envolvimento com o comércio ou com outros sócios.

Paulo Bernardo Campos disse atuar no ramo da construção civil como pedreiro, além de ajudar o pai em uma horta existente no quintal da casa da família. Ele diz que sua renda anterior à prisão era do trabalho com as obras na qual cobrava R$ 120 reais a diária.

Durante a oitiva na AL, Campos alegou que teve seu nome envolvido indevidamente na administração da empresa e tomou conhecimento das acusações somente quando recebeu a notificação da CPI, já detido no presídio.

O presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (SD), informou que o nome de Paulo Bernando Campos consta no relatório de investigação preliminar da comissão - que atua com o suporte do delegado Luciano Inácio e de advogados, além da assessoria da Casa. O trabalho da CPI tem também amparo da Procuradoria da Assembleia Legislativa.

O deputado Emanuel Pinheiro (PR) destacou que o depoimento de Paulo Bernardo pode caracterizar o uso de laranjas e empresas fantasmas no esquema de sonegação fiscal, em Mato Grosso. A Folha Verde Comércio de Grão Ltda é suspeita de sonegar R$ 101 milhões.

O presidente da CPI disse que ainda é prematuro arrolar o depoente como laranja, embora tudo leva a crer que Paulo Bernardo teve seu nome envolvido injustamente no esquema. De acordo com Pátio, as investigações seguirão para identificar o que de fato ocorreu.

Em relação à detenção do depoente, este foi preso por homicídio em setembro de 2015, acusado de assassinar Valteir Reis dos Santos, em Várzea Grande. Paulo Bernardo Campos confirmou a autoria do crime alegando que entrou em uma boca de fumo para vingar a morte de seu filho, ocorrida em 2013 - quando dois homens executaram o jovem. Ele contou ainda que o outro responsável pela morte do menino está solto; Pátio disse que irá solicitar ao diretor-geral da Polícia Civil, Adriano Peralta, informações sobre o caso. Além da condenação de homicídio, Campos tem passagem por tráfico de drogas.  





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