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POLÍTICA
Sexta - 21 de Abril de 2017 às 11:49
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: Divulgação

Apesar da pressão do governo, partidos da base aliada resistem em fechar questão a favor da reforma Previdência. Por enquanto, apenas lideranças do PMDB e PP afirmaram que devem adotar a medida para garantir os votos necessários para aprovar a proposta na Câmara. O ‘Estado’ ouviu líderes e dirigentes de 15 partidos da base, que somam quase 400 deputados.

Até mesmo aliados de primeira ordem, como o PSDB e o DEM, declararam não estar dispostos a obrigar suas bancadas a votar fechada com a proposta. Essa também é a posição do PSD, PR, PTB e PV. Já integrantes do PRB, PPS, PTN e PSC disseram que ainda iriam discutir o assunto, em reuniões que devem acontecer nas próximas semanas, mas a sinalização inicial é de que não devem impor um posicionamento às bancadas. Apesar de serem da base, PSB, SD e PROS devem votar contra.

No jargão político, o termo “fechar questão” é usado quando a legenda adota posição única sobre como cada um deve votar. O parlamentar que desrespeitar a ordem corre o risco de punição. Como mostrou o Estado ontem, diante dos vários sinais de rebelião no Congresso, o Palácio do Planalto escalou os ministros para pressionarem os deputados dos seus partidos a votarem a favor da reforma, sob o risco de perderem seus cargos no governo.

Sem cargos. O presidente Michel Temer disse ontem que “vai avaliar” se os parlamentares dos partidos da base aliada que votarem contra a reforma poderão perder seus cargos. A declaração foi feita por ele depois de um evento no Itamaraty de comemoração ao dia do diplomata. Questionado se a base pode perder cargos, se votar contra, Temer respondeu: “Espero que não”. Diante da insistência de repórteres, ele disse: “Isso não sei. Nós vamos examinar no futuro”. Temer também minimizou traição de partidos como PSB e PRB na votação nesta semana da urgência da reforma trabalhista na terça-feira.

A última atualização da segunda rodada do Placar da Previdência, levantamento feito pelo Grupo Estado depois do anúncio das flexibilizações pelo relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), mostra que 178 deputados se declararam contrários ao novo texto da reforma, ante 66 favoráveis. Outros 98 deputados não abriram o voto e 37 se declararam indecisos. A equipe do Estado ainda não havia conseguido localizar 132 parlamentares.





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