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POLÍTICA
Quarta - 10 de Maio de 2017 às 15:13
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: Dida Sampaio/Estadão

No dia em que o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva prestará depoimento para o juiz Sérgio Moro, sob um forte esquema de segurança, o presidente Michel Temer aproveitou uma cerimônia no Palácio do Planalto para dizer que ‘precisamos pacificar e ter mais tranquilidade no país’. “O país não pode ficar nesse embate de brasileiro contra brasileiro”, disse. “E preciso eliminar uma certa raivosidade que muitas vezes permeia a consciência nacional. Precisamos ter paz e tranquilidade e saber que nada vai impedir que o Brasil continue a trabalhar”, completou.

Temer disse ainda que acredita que os brasileiros estão começando a ficar otimistas em relação a economia e que ele tem “orgulho” por ver a redução da inflação de 10,7% para 4,5% e que a redução indica que o índice ficará “bem abaixo” da meta no fim do ano. “Ainda que lentamente, mas vigorosamente a economia está dando sinais de crescimento. O país começa a respirar”, disse.

Em seu discurso, o presidente destacou ainda a redução de juros e liberação das contas inativas do FGTS e disse que a liberação de verbas ajudou o varejo. “Não é sem razão que o varejo cresceu neste mês e pessoas atribuem à utilização das contas inativadas”, afirmou, destacando ainda que a produção industrial teve o melhor trimestre e que a balança comercial vem registrando superávit.

O presidente disse ainda que o seu governo tem como força motriz a responsabilidade fiscal com a responsabilidade social e que juntas essas duas iniciativas tem como objetivo combater o desemprego. “Só tem sentido incentivar o capital com a ideia de que vamos gerar empregos”, afirmou. Ao destacar o programa de concessões do governo, o presidente disse ainda que os leilões de linhas de transmissão de energia foram muito bem sucedidos e disse que eles podem significar a redução da tarifa de energia.

Congresso. Ao iniciar o discurso, Temer, como de costume, exaltou a participação do Congresso Nacional nas ações do governo e repetiu que uma das palavras chaves de sua gestão é o diálogo.

“Nós fizemos o Congresso de partícipe do nosso governo. Hoje o poder legislativo governo conosco”, afirmou.

O presidente repetiu ainda que seu governo tem coragem e ousadia para modernizar as áreas de administração e destacou que “no tópico da responsabilidade fiscal estamos cuidando de outras reformas”. Temer disse que a reforma trabalhista que passou pela Câmara, “certa e seguramente”, será aprovada pelo Senado. Ontem, em reunião com senadores, para evitar que a proposta trabalhista seja alterada no Senado e tenha que retornar à Câmara, foi de iniciativa do próprio Temer propor, na reunião, a edição de uma Medida Provisória que altere os pontos de interesse dos senadores. Segundo o presidente, o texto não traz prejuízo nenhum para os trabalhadores.

Cerimônia. As declarações do presidente aconteceram durante cerimônia de assinatura do Novo Decreto de Regulamentação da Política Portuária do Brasil. Segundo o presidente, a modernização permitirá principalmente mais segurança jurídica aos investidores. “Ninguém investe sem segurança jurídica e esse decreto confere segurança aos investidores portuários”, afirmou.

O ministro dos Transportes, Mauricio Quintella, afirmou que as estimativas apontam que R$ 25 bilhões de investimento sejam gerados com novo decreto de portos.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, disse que o decreto fazia parte das iniciativas do governo em tirar o país da crise e “do século passado para o século XXI”. Moreira disse ainda que o sistema portuário precisa buscar eficiência e que sua modernização vai ajudar a recuperar a economia.

Segundo Moreira, na Secretaria de Parceira Publica e Privada, que ele comanda, foi tomada a decisão, há meses, de que os investimentos em portos e ferrovias serão conjuntos. “Não há mais, como no passado, qualquer decisão sobre a extensão de sistema ferroviário brasileiro a não ser vinculada aos portos. Uma ferrovia tem que sair de um porto e chegar a um porto”, disse.

O ministro disse ainda que o presidente Temer vai cumprir “o destino que a história o reservou”, que é tirar o Brasil da crise e coloca-lo nos trilhos.





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