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Quinta - 15 de Junho de 2017 às 17:07
Por: Do G1

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(Foto: André Souza/G1
Caixão com o corpo do jornalista Jorge Bastos Moreno chega ao Cemitério da Piedade, em Cuiabá.
Caixão com o corpo do jornalista Jorge Bastos Moreno chega ao Cemitério da Piedade, em Cuiabá.

Foi enterrado na tarde desta quinta-feira (15), no Cemitério da Piedade, no Centro de Cuiabá, o corpo do jornalista Jorge Bastos Moreno, de 63 anos. Colunista do jornal "O Globo", ele morreu no início da madrugada de quarta-feira (14), no Rio de Janeiro, devido a um edema pulmonar decorrente de complicações cardiovasculares.

Antes do enterro, familiares e parentes fizeram preces e discursos em homenagem ao jornalista.

A sobrinha dele, Vanessa Moreno, disse que o momento é de tristeza e que a falta dele é irreparável. "A bondade dele é reconhecida em todo lugar. Nossos corações estão em luto", disse.

O caixão chegou ao cemitério às 13h45. O corpo foi enterrado sob aplausos por volta de 14h, em um jazigo familiar.

Carlúcia Pereira, que trabalhou durante 24 anos com Moreno e era considerada sua fiel escudeira, estava muito abalada no sepultamento. "Ele era um homem muito bom, lindo por dentro e por fora", declarou.

O corpo do jornalista foi velado na quarta-feira na cidade do Rio de Janeiro, onde ele viveu por 10 anos, e nesta quinta-feira em Cuiabá, sua cidade natal. Jorge Bastos Moreno foi um dos principais repórteres de política do Brasil.

Na capital mato-grossense, o velório começou às 02h20 da madrugada, na Capela Jardins, e se estendeu até por volta das 13h. Familiares, amigos e políticos foram até o local para se despedir do colunista.

O governo de Mato Grosso decretou luto oficial de um dia.

Trajetória

Nascido em Cuiabá, no dia 23 de abril de 1954, Moreno foi morar em Brasília ainda na década de 1970. Lá, estudou jornalismo na Universidade de Brasília e começou a trabalhar como repórter.

Um dos mais respeitados repórteres de política do Brasil, Moreno nasceu em Cuiabá (MT) e foi morar em Brasília na década de 1970. Começou a trabalhar no O Globo em 1982. Dois anos depois, saiu do jornal para trabalhar na revista Veja, mas voltou para o jornal impresso em 1985.

Em 1989, saiu novamente do O Globo, também por um ano, para trabalhar na campanha de Ulysses Guimarães à Presidência. Voltou ao jornal em 1990, onde trabalhou até o dia de sua morte.

O primeiro grande furo de reportagem do jornalista foi no “Jornal de Brasília”: a nomeação do general João Figueiredo como sucessor do general Ernesto Geisel. Outro foi a revelação de que um Fiat Elba, de propriedade do então presidente Fernando Collor, tinha sido comprado pelo "fantasma" José Carlos Bonfim. A publicação da reportagem foi fundamental para selar o destino de Collor, que viria depois a enfrentar um processo de impeachment.

O jornalista venceu o Prêmio Esso de Informação Econômica de 1999 com a notícia da queda do então presidente do Banco Central Gustavo Franco e a consequente desvalorização do real. O prêmio é um dos mais importantes do jornalismo brasileiro.

No fim da década de 1990, Moreno estreou sua coluna de sábado no jornal O Globo. Publicada até o último sábado (10), o espaço passou há alguns anos a ter o nome do próprio Moreno. E, desde o dia 10 de março, comandava o talk show "Moreno no Rádio", na CBN, às sextas-feiras à tarde. Era também o âncora do programa "Preto no Branco", do Canal Brasil, e fazia participações frequentes na GloboNews.

Também em março deste ano, lançou o livro “Ascensão e queda de Dilma Rousseff”. Escreveu também "A história de Mora – a saga de Ulysses Guimarães", lançado em 2013.





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