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POLÍTICA
Segunda - 19 de Junho de 2017 às 10:19
Por: Redação TA c/ Gazeta Digital

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Foto: Otmar de Oliveira

Diante das confissões feitas pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e seu ex-chefe de gabinete Sílvio César Corrêa Araújo sobre os esquemas de corrupção durante a gestão do Estado, entre 2011 e 2014, à Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal, agendou mais três audiências para que os réus possam ratificar as declarações perante o Juízo, em ações penais relativas às operações Sodoma 2 e 3 e à operação Seven.

A audiência referente à primeira fase da Sodoma, marcada para o próximo dia 5 de julho está mantida.

Foram as confissões, além da entrega de bens avaliados em cerca de R$ 47 milhões para alienação, que garantiram a Silval e Sílvio a saída do Centro de Custódia da Capital (CCC), na noite de terça-feira (13), após um ano e nove meses desde que houve a primeira fase da Sodoma.

De acordo com a decisão assinada por Selma Arruda, as confissões “... ainda que não tenham sido feitas em juízo, serão muito úteis na elucidação dos crimes imputados a essa organização criminosa, até porque deverão ser posteriormente ratificadas”. Por conta disso, na mesma decisão, a magistrada já deixou designadas as datas em que o ex-governador deve relatar como ocorreram os diversos esquemas de corrupção em seu governo.

Confira as datas

Dia 5 de julho, às 13h30 – Reinterrogatórios na operação Sodoma 3 (430826)

Dia 17 de julho, às 13h30 – Reinterrogatórios na operação Sodoma 2 (431488)

Dia 19 de julho, às 13h30 – Reinterrogatórios na operação Seven (427811)

Dia 24 de julho, às 13h30 – Reinterrogatórios na operação Sodoma 1 (417527)

Processos

Na primeira fase da Sodoma, a Defaz e o Ministério Público Estadual (MPE) apuraram fraudes em incentivos fiscais delatados pelo empresário João Batista Rosa, dono da Tractor Parts, que afirmou ter pagão R$ 2,5 milhões em propina ao ex-chefe da Casa Civil Pedro Nadaf, que atuava na captação de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de Silval.

Na operação Sodoma 2, apurou-se a compra de um terreno de R$ 13 milhões na avenida Beira Rio, no bairro Grande Terceiro, pelo ex-secretário de Estado de Administração César Roberto Zílio, supostamente em nome da organização criminosa liderada por Silval. O imóvel teria sido comprado com dinheiro oriundo de propina de diversos empresários, como João Batista Rosa e Willians Mischur, dono da Consignum.

Já na terceira fase da Sodoma, a Defaz descobriu desvio de mais de R$ 15 milhões no processo de desapropriação do bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. Desse montante, R$ 10 milhões teria sido utilizado para quitar dívida de campanha de Silval com o empresário Valdir Piran, que atua no ramo de factoring.

Há também a quarta fase da operação Sodoma, cuja fase de audiências ainda não foi iniciada, em que Silval Barbosa assume que houve cobrança de propina da empresa Marmeleiro Auto Posto, no ano de 2013, por meio do ex-secretário de Estado de Administração Francisco Faiad (PMDB) e também que houve fraudes na Secretaria de Estado de Transportes e Pavimentação Urbana (Setpu) para conseguir saldar dívidas da campanha de Lúdio Cabral (PT) e Faiad, que disputaram os cargos de prefeito e vice-prefeito de Cuiabá, em 2012.

A operação Seven, por sua vez, apura desvio de R$ 7 milhões na desapropriação de área rural na região do Manso, que foi adicionada ao Parque Estadual Águas do Cuiabá.





URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/30955/visualizar/