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POLÍCIA
Quarta - 12 de Julho de 2017 às 13:49
Por: Redação TA c/ PJC-MT

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Foto: Lenine Martins/Sesp

A primeira meta de 2017 para conclusão de inquéritos de homicídios dolosos da Delegacia Especializada de Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) foi concluída no dia 10 de julho. A meta denominada "Avança DHPP" encaminhou à Justiça 206 inquéritos relatados.

Com prazo de 120 dias, a meta começou no mês de março e finalizou no dia 10 de julho, quando foram registrados 107 homicídios, sendo 77 em Cuiabá e 30 em Várzea Grande. No período de 4 meses, a DHPP realizou 24 operações policiais que resultaram na prisão 29 autores de crimes de homicídios, sendo 3 em flagrante e 26 por mandados de prisão, além do cumprimento de 7 buscas e apreensão domiciliar e 5 conduções coercitivas.

O delegado da Polícia Judiciária Civil, atual titular da DHPP, André Renato Gonçalves, explicou que a meta foi baseada na gestão participativa por resultados. “Os inquéritos, não, necessariamente, são do ano de 2017, temos deste ano, mas também de anos anteriores. Logicamente, os inquéritos de homicídio demandam um pouco mais da investigação e mais trabalho. Mas a Delegacia de Homicídios tem uma ‘expertise’ e por, conta disso, nossa resolutividade é alta. Muitos dos nossos inquéritos são relatados e encaminhados à Justiça com identificação da autoria criminosa”, disse.

Os inquéritos concluídos no prazo de 120 dias estavam distribuídos nos cartórios de 8 delegados, que atuam com uma média e 2 escrivães e 4 investigadores de polícia.”O comprometimento dessa equipe de delegados, escrivães e investigadores é o que faz a diferença. Sem o esforço deles não conseguiríamos esclarecer esses homicídios, para que os autores sejam responsabilizados”, afirmou o delegado.

Entre os casos solucionados, está o duplo homicídio da morte do traficante Edézio Pedro Nascimento Fonseca, de 50 anos, e do mecânico, Jhonne Muller Paranhos de Almeida, de 27 anos, ocorrido na manhã do dia 11 de fevereiro de 2016, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), nas proximidades do Pantanal Shopping.

As duas vítimas foram encontradas caídas ao chão com os capacetes ainda nas cabeças, e próximo estava uma motocicleta Honda CG, Titan 125, vermelha. As vítimas transitavam na motocicleta pela avenida, quando foram interceptadas por dois homens também em uma motocicleta, de cor preta.

As investigações confirmaram, por meio de provas técnicas, que os autores são os mesmos líderes da organização criminosa que resultou na operação “Mercenários”, ocorrida no dia 26 de maio de 2016.

Os criminosos também foram apontados como autores da morte de Alzira do Nascimento Fonseca, 71, mãe do traficante Edézio Pedro Nascimento Fonseca. No dia 29 de fevereiro, a idosa foi alvejada por diversos disparos de arma de fogo, na porta de sua casa, no bairro Da Manga, em Várzea Grande. Ela foi socorrida e teve o corpo liberado pela equipe da DHPP, no Pronto Socorro de Várzea Grande. Assim como o filho, a mulher também traficava em Várzea Grande.

A autoria das mortes de mãe e filho foi esclarecida depois que os policiais solucionaram o homicídio de Rodrigo Fernando de Arruda, 34 anos, que foi assassinado no dia 13 de março de 2016, no bairro da Manga. Na ocasião de sua morte, a operação Mercenários estava em andamento e este foi o primeiro caso da investigação esclarecido.

A vítima era traficante e trabalhava para Edézio Pedro Nascimento Fonseca e também para sua mãe Elzira, no bairro da Manga, região onde a família Fonseca comandava o tráfico de drogas e mantinha uma espécie de “exército” de bandidos dando proteção ao traficante Edézio.

Segundo as investigações da DHPP, os executores estiveram no local do crime e na hora do crime. As provas técnicas são baseadas na análise do posicionamento de estação de rádio base dos executores, em imagens de câmeras de segurança, provas testemunhais e análises de extratos da comunicação telefônica dos suspeitos nos momentos antes do crime, sem que tenha sido necessário a realização de interceptações telefônicas.





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