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MEIO AMBIENTE
Sábado - 15 de Julho de 2017 às 10:46
Por: Redação TA c/ ALMT

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Foto: Divulgação

A Câmara Setorial Temática criada para discutir o Geoparque de Chapada dos Guimarães na sexta-feira (14), que apenas o município de Chapada dos Guimarães fará parte do parque e, a confirmação da realização de uma audiência pública em Chapada dos Guimarães, com data a ser definida.

De acordo com o presidente da CST, Caiubi Kuhn, os membros da câmara definiram que os limites de criação do geoparque será apenas o município de Chapada dos Guimarães. Os municípios adjacentes como, por exemplo, Cuiabá estão fora do geoparque. “Isso vai facilitar os trabalhos por meio de um plano de gestão viável. A proposta de incluir Cuiabá foi derrubada, porque somente o geoparque englobando o município de Chapada dos Guimarães facilitará o reconhecimento pela Unesco”, destacou Kuhn.

Com o reconhecimento da Unesco, segundo Kuhn, o Geoparque de Chapada terá mais visibilidade junto à rede mundial de geoparques. “Os países que tiverem o geoparque, vão falar do Geoparque da Chapada dos Guimarães. A vantagens de ter esse reconhecimento é o de abrir as portas para as linhas de financiamento do Banco Mundial e de créditos de fundo perdido”, explicou Kuhn.

Durante a reunião ficou definido que a CST vai realizar uma audiência pública no município de Chapada dos Guimarães, com data e local ainda a serem definidos. “Precisamos discutir com cada uma das comunidades envolvidas a criação do geoparque e quais os benefícios sociais, econômicos e educacionais que o mesmo vai trazer a elas”, disse Kuhn.

O representante do Núcleo de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), José Carlos Bazan, disse que desde 2008, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem publicando todo o orçamento – receita e aplicação dos recursos – de todos os municípios de Mato Grosso, e que Chapada dos Guimarães recebe recursos oriundos das atividades ambientais que degradaram a região.

“Em 2016, o município de Chapada dos Guimarães recebeu R$ 1,6 milhão. Esse valor é uma espécie de compensação ambiental, mas o município não desenvolve nenhuma atividade na área de meio ambiente e muito menos em educação e gestão ambiental. Parte desse recurso, com certeza, pode ser utilizada para a gestão do geoparque. Isso para a Unesco é um grande potencial, por ser um recurso transparente e público”, disse Bazan.

A próxima reunião ficou agenda para o dia 4 de agosto, às 9 horas, na sala das comissões, 201. Na pauta ficou definida a discussão sobre o roteiro turístico de Chapada dos Guimarães e a relação das comunidades com o turismo, além das discussões da audiência pública que será realizada em Chapada dos Guimarães. Mas a data não foi definida.

A CST foi criada pelo Ato nº 013/17. Ela tem o objetivo de estudar e discutir a criação do geoparque de Chapada dos Guimarães, pelo prazo de 180 dias, prorrogáveis por igual período. O presidente é Caiubi Emanuel Souza Kuhn e a relatora é Débora Almeida Faria, ambos da Universidade Federal de Mato Grosso.





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