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POLÍTICA
Sexta - 21 de Julho de 2017 às 18:46
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto Divulgação
Da esquerda para a direita: Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá.
Da esquerda para a direita: Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá.

A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente José Sarney e os senadores Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL), caciques do PMDB, não tentaram barrar a Operação Lava Jato. Em relatório ao Supremo Tribunal Federal sobre os áudios entregues pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que gravou conversas com Sarney, Jucá e Renan, a PF sustenta que não há como comprovar o cometimento de crimes por parte do ex-presidente e dos senadores.

Nas reuniões com Machado – que fez delação premiada e ficou livre da prisão -, o tema predominante era o avanço da Lava Jato. Segundo a PF, ‘intenção’ não é obstrução de Justiça.

A informação foi divulgada pelo repórter Marcelo Cosme, da Globo News, e confirmada pela reportagem do Estadão.

No relatório ao Supremo, a PF sugere um estudo mais aprofundado sobre os benefícios concedidos a Machado com a colaboração.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO KAKAY

“O relatório da Polícia Federal é de extrema importância porque foi desta delação (de Sérgio Machado) que originou o pedido de prisão do ex-presidente Sarney, o pedido de prisão do então todo-poderoso ministro Romeu Jucá que, por causa dessa delação perdeu o Ministério, e o pedido de prisão do ex-presidente do Senado (Renan Calheiros).”

“Ainda não estamos comemorando nada. É óbvio que estamos satisfeitos com o excelente trabalho da Polícia Federal e o pedido de arquivamento do inquérito diante da comprovação de que não há indícios sequer de obstrução de Justiça. Mas, a palavra final é do Ministério Público Federal. Vamos esperar que o Ministério Público se manifeste nesse sentido.”

“É muito interessante e oportuno discutir uma questão abordada no relatório da Polícia Federal para que o delator (Sérgio Machado) perca os benefícios. No momento em que se discute a extensão da delação acho extremamente relevante que se discuta isso. Porque ele (Sérgio Machado) fez gravação ilegal, gravação dirigida, onde tentava levar as pessoas (os senadores e o ex-presidente) a falar o que ele queria que falassem.”

“Infelizmente, essas gravações tiveram repercussão muito séria na vida das pessoas. Este é o ponto que deve ser enfrentado agora.”





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