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SEGURANÇA
Segunda - 04 de Setembro de 2017 às 16:15
Por: Redação TA c/ PJC-MT

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Foto: PJC-MT

O 11º Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra) da Polícia Judiciária Civil foi implantado na Regional de Nova Mutum (264 km ao Norte de Cuiabá). No último sábado (02.09), uma turma de 29 alunos finalizou o curso de operador do grupamento de pronta-resposta à criminalidade.

Ministrado pela Gerência de Operações Especiais (GOE) de Cuiabá, a capacitação começou no dia 28 de agosto e terminou no sábado (02.09) com a participação de 21 policiais civis (um delegado, 20 investigadores), seis militares (um tenente, um sargento e quatro soldados) e dois bombeiros (um major e um soldado).

O Garra em Nova Mutum está sob a coordenação da delegada regional, Alessandra Marquez Alecrim, e será empregado nas ocorrências de grave ameaça e emergenciais. “Os policiais serão mobilizados para os casos mais graves e complexos que necessitam de uma intervenção rápida”, disse.

De acordo com a regional, foram treinados policiais que atuam nas delegacias da cidade de Nova Mutum e também investigadores das cidades vizinhas como Diamantino, Arenápolis, Nortelandia, Tapurah e Lucas do Rio Verde, que também participaram do curso de operador do Garra.

No treinamento de instrutores do GOE, o policial recebe técnicas para uso de submetralhadora ponto 40; cababinas 5.56; pistola 40 e espingarda 12; entrada tática em ambientes confinados (CQB); reação contra emboscada; sobrevivência policial; técnicas não letais de uso diferenciado da força; gerenciamento de crise, atendimento pré-hospitalar, entre outros.

Conforme o investigador chefe de operações do GOE, Edcarlos da Silva Campos, o curso tem carga intensa de treinamento, de mais de 60 horas, começando às 6 horas da manhã, seguindo sem cessar até tarde da noite ou mesmo virando o dia, como ocorreu na última sexta-feira (02), quando o curso terminou às 13h do sábado.

“Nesse dia tivemos instrução de abordagem, gerenciamento de crise, prática de abordagem de rua e pela madrugada começamos uma marcha de 15 km indo até o amanhecer. Logo em seguida começamos a pista de estresse, que é um exercício com tiro real de armas longas e curtas, que chega o mais próximo de uma situação real”, explicou.

O treinamento de operador do Garra é o 12º realizado pelo GOE, sendo em Cuiabá realizada em duas etapas. Segundo o chefe de operações, buscando a prática da filosofia de integração, o curso cede vagas para outras instituições, assim com tem instrutores convidados para determinadas disciplina como Gerenciamento de Crise, cuja aula foi ministrada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Atendimento Pronto Hospitalar, pelo Corpo de Bombeiros Militar, e Direitos Humanos, pela Promotoria de Justiça.

O delegado Luiz Felipe de Leoni, titular da Delegacia de Roubos e Furtos, destacou a integração entre as forças policiais e o alinhamento das técnicas policiais durante o curso de implantação do Garra em Nova Mutum. “Foi muito importante a implantação dessa equipe do Garra, considerando o crescimento do crime organizado aqui no Médio-Norte”, disse.

Mulheres no treinamento

Entre os policiais civis, militares e bombeiros, duas mulheres receberam o treinamento no mesmo grau de dificuldade dos homens. A investigadora, Rayd Wassemosti, tem nove anos de Polícia Civil e até então foi o primeiro curso de alto nível de exigência física e psicológica que participou. “O curso foi maravilho, uma experiência fora de sério. Algo que leva o nível do seu corpo, da sua mente ao máximo possível. Tive incentivo dos instrutores do tempo todo e a cada dia ia me superando”, disse.

Para a investigadora Jacqueline Cruz Silva a força física é a única limitação em comparação aos homens, mas o treinamento faz superar as dificuldades. “O curso foi intenso. O fato de ser mulher é preciso acompanhar o ritmo dos homens. Nossa limitação é mais na força física, mas com treinamento e persistência a gente consegue”, declarou.

Garras

O Grupo de Resposta Rápida (Garra) é empregado em ações de repressão à criminalidade, no atendimento, principalmente, ao roubo, sequestro em andamento, e outros crimes graves ou de repercussão que lhe forem demandados, na região metropolitana e interior de Mato Grosso. O grupamento já foi implantado nas regionais de Cuiabá, Alta Floresta, Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças, Vila Rica, Pontes e Lacerda, Guarantã do Norte, Tangará da Serra, Juína e agora Nova Mutum.





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