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POLÍTICA
Quarta - 06 de Setembro de 2017 às 17:28
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: Dida Sampaio/Reuters
Dilma Rousseff.
Dilma Rousseff.

A ex-presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 6, que a denúncia do procurador-geral da República Rodrigo Janot, que a ela imputa organização criminosa, ‘se apoia em mentiras fabricadas, algumas bastante antigas, que parecem ter sido recuperadas e trazidas de novo à baila apenas para desviar a atenção das gravações divulgadas’.

As gravações a que Dilma se refere são as dos delatores da JBS. No áudio de quatro horas, que chegou ‘acidentalmente’ à Procuradoria, Joesley Batista, principal acionista da empresa, e o executivo Ricardo Saud revelam como pretendiam neutralizar a ofensiva dos investigadores contra o grupo, inclusive por meio de uma suposta cooptação de ministros do Supremo.

A denúncia contra Dilma inclui seu antecessor, Lula, cinco ex-ministros petistas (Antônio Palocci, Guido Mantega, Edinho Silva, Gleisi Hoffman e Paulo Bernardo) e o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.

“A denúncia escrita pela Procuradoria da República acusando a mim de pertencer, e ao PT de constituir, uma organização criminosa é um documento que deve ter sido reunido às pressas e baseado, exclusivamente, em depoimentos de delatores premiados”, reagiu Dilma, em nota.

A ex-presidente afirma que ‘não há comprovação resultante de qualquer investigação feita’.

‘Apenas ilações, deduções e insinuações tratadas como verdade. Apenas as convicções dos acusadores, baseadas em modelos fantasiosos.”

Ao apontar para a reviravolta do caso JBS, Dilma enfatiza o áudio de quatro horas que faz Brasília ferver. “Os próprios delatores declaram que para obter o prêmio da integral impunidade ou da redução da pena dizem aquilo que acreditam ser o que os procuradores querem ouvir.”

A nota de protesto de Dilma aponta para outro escândalo que sacode o País, os incríveis R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrados nesta terça-feira, 5, em um apartamento na Graça, Salvador, apontado como bunker do ex-ministro do Governo Michel Temer e ex-dirigente da Caixa de seu próprio governo, Geddel Vieira Lima.

“Na semana em que o país toma conhecimento da deterioração ética e moral que cerca o mercado da corrupção, no dia em que a polícia encontra uma dúzia de malas cheias de dinheiro roubado por elemento central na articulação do presidente golpista, o procurador lança mão do diversionismo e encontra respaldo em parte da imprensa brasileira que se transformou em uma fração politica, perdendo inteiramente a isenção.”

“A Justiça e a verdade sempre se impõem. O STF, certamente, fará justiça diante da absoluta falta de provas que atestem qualquer dos ilícitos denunciados pelo procurador-geral da República.”





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