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POLÍTICA
Terça - 03 de Outubro de 2017 às 13:48
Por: Gazeta Digital

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João Vieira
Ideia do tucano seria evitar novos desgastes por causa de secretários investigados por algum escândalo
Ideia do tucano seria evitar novos desgastes por causa de secretários investigados por algum escândalo

Na tentativa de amenizar o desgaste que seu governo tem sofrido por causa de investigações em andamento contra membros do staff, o governador Pedro Taques (PSDB) cogita trocar todos os secretários que foram citados em algum escândalo recente, principalmente na delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e no caso do esquema dos grampos telefônicos ilegais que já resultou na prisão de 2 secretários e 2 ex-secretários do seu governo.

Estariam na lista de mudanças de Taques os nomes dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone, e o secretário de Meio Ambiente e vice-governador, Carlos Fávaro. Taques também deve oficializar a saída do secretário de Comunicação, Kleber Lima, afastado por decisão judicial numa ação por improbidade na qual é acusado de assédio moral e sexual contra servidores do Gabinete de Comunicação (Gcom).

A ideia é, ao contrário do que vinha sendo praticado pelo governador, promover um ambiente de entendimento e harmonia com o Judiciário e, com isso, evitar novos desgastes a fim de semear sua candidatura à reeleição.

Avalone foi citado na delação premiada de Silval acusado de ter feito acordo com o ex-governador para pagamento de propinas, através da construtora de sua família, a Três Irmãos, decorrente do programa de pavimentação asfáltica “MT Integrado”. Avalone foi um dos 64 dos alvos da 12ª fase da Operação Ararath, quando agentes da Polícia Federal fizeram buscas na residência do tucano e na própria secretaria.

Apesar de ser vice-governador, Fávaro também deve deixar o cargo à frente da Sema. Isto porque ele estaria se distanciando do governador a fim de evitar que o desgaste do governo respingue nele, que planeja candidatura em 2018.

O secretario afastado Kleber Lima também não deve ter mais seu lugar no Gabinete de Comunicação, que atualmente é ocupado pelo ex-adjunto Marcy Monteiro. Lima foi afastado por decisão da juíza da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Regina Vidotti.

Embora também tenha sido alvo de decisão judicial que culminou em sua prisão por algumas horas, o secretário de Saúde Luiz Soares é o único que deve sair ileso nessas mudanças todas. Isto porque sua prisão foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso e não não existe contra ele qualquer investigação em andamento. A prisão se deu por descumprimento de uma liminar para fornecer o medicamento canabidiol (à base de maconha) para uma paciente do Sistema Único de Saúde (SUS).

Mudanças anunciadas – Além destes nomes, outras mudanças já anunciadas pelo governador foi a saída de o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Airton Benedito de Siqueira Júnior, preso por obstrução à Justiça por suposto envolvimento no esquema de escutas clandestinas no âmbito da Polícia Militar.

Em seu lugar foi efetivado o delegado Fausto José Freitas da Silva, que já responde interinamente pela pasta desde a prisão de Siqueira. Com a ida de Fausto, assume o Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção (GTCC), o adjunto Carlos Corrêa Ribeiro Neto.

Outra mudança foi a saída do secretário da Casa Civil, José Adolpho, alvo de um inquérito no Tribunal de Justiça em que é suspeito de ter fraudado os protocolos do documento em que constava a denuncia da existência dos grampos ilegais.

Em seu lugar, assumiu o secretário de Assistência Social, Max Russi, que deixa a titularidade da Setas nas mãos da servidora Monica Camolezi. Com o anúncio de Russi, a Casa Civil já soma 3 secretários diferentes, uma vez que Paulo Taques deixou a pasta por causa de seu envolvimento no caso dos grampos. Ele já foi preso 2 vezes por determinação do desembargador Orlando de Almeida Perri, relator da ação das escutas telefônicas no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e responsável por autorizar 6 inquéritos policiais que investigam pessoas acusadas de envovolvimento na "grampolância pantaneira".





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