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POLÍTICA
Sexta - 19 de Fevereiro de 2016 às 16:40
Por: Gazeta Digital

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 Começou a contar o prazo de 30 dias para que os detentores de mandato eletivo troquem de partido sem o risco de serem cassados por infidelidade partidária, com a promulgação nesta quinta-feira (18), pelo Congresso Nacional, da proposta de número 91 à Constituição que abre caminho para o troca-troca partidário. De acordo com a emenda, o partido que perder um integrante não será prejudicado em relação ao cálculo para a distribuição dos recursos do Fundo Partidário e nem para o acesso ao tempo de rádio e TV.

Essa decisão deve desencadear já a partir de hoje, uma série de mudanças na configuração dos partidos políticos em Mato Grosso, já que muitos estão de malas prontas para retornarem às suas siglas de origem ou para se lançarem em novos desafios, buscando abrigo em partidos que pouco ou nada têm a ver com suas ideologias políticas.

A Câmara Municipal de Cuiabá deverá sofrer alterações radicais, maiores até que as proporcionadas por eleições diretas, já que dos atuais 25 vereadores, pelo menos 13, segundo levantamento, pretendem trocar de partido.

Os motivos apresentados para justificar essa mudança de sigla são os mais variados e vão desde a falta de espaço para concorrerem nas eleições de outubro, até uma suposta falta de estrutura nos partidos onde militam atualmente.

O PDT que elegeu o governador do Estado e os deputados Zeca Viana, atual presidente regional da sigla e Leonardo Albuquerque (Dr. Leonardo) e agora conta com a interinidade de Jajá Neves na Assembleia Legislativa, vai deixar de existir na Câmara, já que os vereadores Adevair Cabral e Renivaldo Nascimento há tempos estão só aguardando a abertura da “janela política”, para pular do barco.

Outros vereadores que devem mudar de sigla são: Dilemário Alencar (hoje no PTB), que vai para o PMDB; Chico 2000, este sob suspeita com a desistência do senador Blairo de confirmar sua ida para o PMDB, pelo menos este ano. Leonardo Oliveira, que deve ir para o PP.

Ex-líder do prefeito no Parlamento, o vereador Leonardo Oliveira tem afunilado a ligação com o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), Wilson Kero Kero, que deve ir para o PSL; Paulo Araújo, que assumiu em definitivo após a cassação do mandato de João Emanuel, deve deixar o PSD e retornar ao PP, sua origem política. Ainda avaliam a possibilidade de mudança de partido os vereadores Lilo Pinheiro (PRP), Marcrean dos Santos (PRTB), Onofre Junior (PSB), Néviton Fagundes (PTB) e Toninho de Souza (PSD).

Os que descartam essa possibilidade são: Oséas Machado (PSC), Adilson Levante (PSB), Faissal Calil (PSB), Haroldo Kuzai (SD) e o presidente do Legislativo, Júlio Pinheiro (PTB).

Deputados

Na Assembleia a situação é mais tranquila. Com a mudança de posicionamento do senador Blairo Maggi, de não ir para o PMDB, devem permanecer onde estão, no PR, os deputados Wagner Ramos e Emanuel Pinheiro e Janaina Riva, que vai se filiar ao PMDB.

Apesar de valer para todos os que possuem um mandato eletivo, na prática, senadores, prefeitos, governadores e presidentes da República não necessitam das novas normas porque o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu em maio do ano passado que a regra da fidelidade partidária não se aplica ao grupo. Os eleitos para estes cargos podem trocar de partido sem terem seus mandatos cassados.





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