SEGURANÇA PÚBLICA
Combate ao tráfico reflete no aumento de registros de crimes de uso e porte de droga
Por dois anos consecutivos, Mato Grosso é o segundo estado que mais registrou ocorrências pelo crime de uso e posse de entorpecentes para cada 100 mil habitantes. O primeiro lugar ficou para o Distrito Federal. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (30.10) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Isso significa que as polícias têm combatido tanto o tráfico de drogas na fronteira com a Bolívia – pois Mato Grosso é um dos corredores de cocaína no país – e também o tráfico doméstico, nas chamadas bocas de fumo espalhadas pelo Estado.
Segundo o levantamento, em 2015 Mato Grosso registrou 3.919 ocorrências policiais do crime de uso e posse de entorpecentes. Já em 2016 o estado registrou 3.977 casos, uma taxa de 120,3 casos a cada 100 mil habitantes. Em primeiro lugar, está com taxa de 202,8 ocorrências de porte e uso de drogas a cada 100 mil habitantes.
Os dados apresentados correspondem ao volume das ocorrências policiais registradas para cada 100 mil habitantes e foram repassadas pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social.
Em relação ao tráfico de drogas, Mato Grosso deixou de ser o sétimo para ocupar o sexto lugar entre os estados que mais registraram ocorrências pelo crime, se comparado os anos de 2015 e 2016. No estudo de 2015, Mato Grosso registrou 81,6 ocorrências de tráfico de drogas. Em 2016, o estado registrou 92,1, aumentando de 2.665 para 3.045 casos.
Os estados que ocuparam os primeiros lugares em 2015 foram Espírito Santo (152,5 ocorrências), Minas Gerais (127,9), Mato Grosso do Sul (124,9), Goiás (101,7), São Paulo (99,9) e mais o Distrito Federal (99,9). Em 2016 foram Espírito Santo (128,9), Minas Gerais (121,7), Mato Grosso do Sul (116,6), São Paulo (101,8) e Santa Catarina (94,8).
Para o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, os investimentos na área de Segurança Pública, integração dos órgãos policiais estaduais e federais, fortalecimento da atividade de inteligência e a atuação especializada do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron), Delegacia Especializada de Fronteira (Defron) e da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) foram determinantes para a obtenção desses resultados.
“A Sesp vem ainda fomentando ações permanentes contra o tráfico de drogas, como por exemplo, a Bairro Seguro. Tudo isso está dentro do nosso plano estratégico elaborado em 2015”, disse.