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SAÚDE
Terça - 27 de Março de 2018 às 15:30
Por: Redação TA c/ SES-MT

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A Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) já cadastrou 13 mil pacientes no Hórus - Sistema Nacional de Gestão de Assistência Farmacêutica, implantado pelo Ministério da Saúde em Mato Grosso. Até o final de abril, quando o processo estiver finalizado, 25 mil usuários da SAF estarão cadastrados no sistema.

O Hórus é executado na Farmácia de Atendimento ao Componente Especializado (Farmácia de Alto Custo), na Central Estadual de Abastecimento e Distribuição de Insumos de Saúde (Ceadis) e começou a ser instalado nas unidades regionais de Saúde e nas Clínicas de Hemodiálise nos municípios.

Os usuários cadastrados dependem de medicamentos caros que são comprados com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), repassados pelo Ministério da Saúde (90% do custeio) e pelo Governo do Estado (10% do custeio). Ao todo, a SAF tem cadastrados mais de 70 tipos de patologias, que demandam uma grande variedade de medicamentos.

O Hórus, fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde, realiza de forma mais eficaz o controle da entrega do medicamento ao paciente cadastrado, oferece mais confiabilidade, pois cruza os dados relativos aos pacientes que buscam o componente especializado, além de agendar a renovação de cadastro do paciente, o que deve ser feito a cada três meses.

Desde que começou a ser implantado em setembro de 2017, o Hórus elevou a produção mensal de Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (Apac) de R$ 103.249,35 para R$ 1.122.901,32, valor que é ressarcido ao Estado em parte pelo Ministério da Saúde. A Farmácia se recuperou significativamente, destacou Suetônio Queiroz, especialista em Assistência Farmacêutica do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops). Ainda de acordo com Queiroz, a previsão é chegar a R$ 1,5 milhão em produção de Apacs por mês.

Melhor atendimento

Os pacientes da SAF são atendidos pelo Hórus desde novembro de 2017. Com isso, os agendamentos acontecem de forma prévia e presencial na sede da farmácia das 7h30 às 16h30; o paciente não precisa chegar antes das 7h30, pois terá a garantia de que será atendido no dia agendado.

São agendados em média 90 pacientes por dia para renovação de cadastro e 10 pacientes para novo cadastro. Caso não haja mais horário disponível para aquele dia, o usuário poderá agendar para a data com horário disponível que lhe for mais conveniente. Ao final do processo, o paciente sai da farmácia com a informação de que poderá buscar o medicamento (se houver em estoque) após três dias úteis.

Na terceira retirada de medicação, o paciente terá, imediatamente, a data de renovação de cadastro agendada.

Este novo sistema de agendamento é uma das medidas adotadas pela SES para melhorar o atendimento e elevar a satisfação do paciente cadastrado. “A SES, por meio da equipe da Farmácia de Alto Custo, trabalha de forma intensa desde que reassumiu o gerenciamento do estoque e logística de dispensação de medicamentos de alto custo”, informou Siriana Maria da Silva, secretária adjunta de Serviços de Saúde.

Maior controle de estoque

Dentre os benefícios na utilização do Sistema Hórus estão: Identificação em tempo real dos estoques; capacidade de rastrear o destino dos produtos distribuídos; controle e monitoramento dos recursos financeiros investidos na aquisição e distribuição dos medicamentos; geração dos níveis de medicamentos sujeitos a controle especial; agendamento das dispensações (entregas); Identificação da demanda do atendimento e da origem das prescrições (quem é o médico); conhecimento do perfil de acesso e utilização de medicamentos e insumos. O sistema fornece relatórios desses dados para o gerenciamento.

O Hórus também contribui para a formação da Base Nacional de dados da Assistência Farmacêutica, criado pelo Ministério da Saúde, que vai integrar as informações de distribuição, estoques e acesso aos medicamentos do SUS em todo o País.

O Estado de Mato Grosso já pode remanejar medicamentos e evitar, assim, o desabastecimento de um determinado medicamento, além de não precisar realizar uma nova compra. “O remanejamento de medicamento impede o desperdício e o desabastecimento de produtos”, destacou a secretária adjunta de Serviços de Saúde.

O projeto-piloto começou nos Estados de Tocantins, Alagoas, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. Nos três primeiros estados foi possível economizar R$ 20 milhões. Em média, os dados mostraram que 30% do quantitativo poderiam ser remanejados para outras regiões do País sem risco de perder o prazo de validade. Implantado em todo o País, esse sistema significaria para o Ministério da Saúde uma economia de R$ 1,5 bilhão por ano.

Unops

O Unops realiza consultoria no processo de modernização da gestão da Farmácia de Alto Custo e em três meses de cooperação técnica alcançou os seguintes resultados: Implantação do Sistema Hórus; Migração de mais de 10 mil usuários cadastrados do SIGAF para o Hórus; Recuperação de produções de APAC-CEAF superando R$ 1 milhão em Janeiro/2018; Respostas atualizadas ao TCE e órgãos de controle sobre TAG; Recadastramento do CNES da SAF; Modelo de Descentralização do Hórus/CEAF para Clínicas de Hemodiálise e Adauto Botelho; Qualificação das equipes técnicas da SAF em parceria com o Ministério da Saúde.

“Outra meta prioritária da Secretaria de Estado de Saúde e que deverá ser executada em cooperação com o UNOPS é a descentralização dos serviços da Farmácia de Alto Custo para que o fornecimento de medicamento chegue o mais perto possível do município onde reside o paciente cadastrado”, concluiu Suetônio Queiroz, do Unops.





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