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POLÍTICA
Quinta - 29 de Março de 2018 às 16:24
Por: Gazeta Digital

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Joao Vieira

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou em entrevista a Rádio Capital FM, que não irá transformar a morte do bebê de 3 dias de vida, por falta de uma UTI Neonatal em Peixoto de Azevedo (691 Km ao norte de Cuiabá). “Só Deus pode confortar o coração dos familiares desta criança.

Eu não vou fazer política com criança que morreu na UTI. Nenhuma justificativa, nenhum argumento vai fazer com que esta criança possa voltar a sua vida", disse na manhã desta quinta-feira (29).

Porém, Taques começou a comparar o seu governo com o do ex-governador Silval Barbosa. "Eu só quero lembrar que apesar da morte dessa criança, triste, nós, em 3 anos e 2 meses, instalamos 204 UTIs no estado de Mato Grosso. Aliás, o estado de Mato Grosso banca 500 UTIs enquanto no passado, em 5 anos, só instalaram 57 UTIs", afirmou.

A morte da criança revoltou o promotor de Justiça, Marcelo Mantovani Beato, que por meio de um ofício, comunicou o falecimento em forma de "desabafo".

"Porque enquanto redigia este mesmo ofício pedindo a atuação extrajudicial de vossa excelência, recebi um comunicado curto, mas igualmente desconcertante, com os seguintes dizeres: "Não precisa mais, ele faleceu hoje de manhã", diz trecho do documento divulgado pelo Gazeta Digital.

Apesar de não querer politizar a tragédia, Taques destaca que regionalizou o Hospital de Peixoto de Azevedo. “Este hospital de Peixoto de Azevedo está em reforma, nós é que estamos reformando. Há 20 dias eu visitei o hospital de Peixoto de Azevedo. Não existia hospital regional em Peixoto de Azevedo, nós que regionalizamos o Hospital de Peixoto de Azevedo", continuou.

Taques ainda afirmou que não fará "proselitismo político com uma criança que morreu".

"Agora, esse hospital de Peixoto de Azevedo, a pergunta também tem que ser feita é por que não fizeram antes? Por que só agora nós estamos fazendo?", indagou.

Ao Gazeta Digital o promotor disse que o ofício foi simplesmente um desabafo e que ainda se sente "envergonhado" ao falar com o pai da criança.

Marcelo Mantovani disse que o Hospital Rgional da Cidade está em reforma, graças um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público no valor de R$ 1,1 milhão. "O Município e o Estado também entraram com uma contrapartida".

O promotor ainda ressalta que a situação do hospital é caótico, e alerta que se o poder público não intervir, mais tragédias poderão ocorrer.





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