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POLÍCIA
Quinta - 26 de Abril de 2018 às 17:42
Por: Gazeta Digital

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Gazeta Digital

A médica Letícia Bortolini, 37, acusada de atropelar e matar o vendedor de verduras Francisco Lúcio Maia, 48, não será interrogada pelo delegado Christian Cabral, titular da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), e responsável pelas investigações para concluir o inquérito policial que deve acontecer nos próximos dias. O acidente foi registrado no dia 14 de abril, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, próximo do bairro Cidade Verde.

Além de estar supostamente embriagada, a possibilidade de que a condutora estivesse em alta velocidade também é investigada. Após o atropelamento, ela não parou para prestar socorro. Letícia estava acompanhada do marido, que também é médico, após terem saído de um festival que acontecia na cidade.

Na quarta-feira (25), Letícia comunicou a Polícia Civil que se apresentaria para um novo interrogatório se lhe fosse assegurado "o resguardo de sua integridade física". Conforme o delegado, ela informou no documento que tinha pretensões de ajudar o trabalho das investigações, porém, iria manter o direito de se manifestar apenas na Justiça.

Dessa forma o delegado decidiu não intimar a médica. "Não é que desisti, mas não tem porque gastar energia em uma coisa que sabemos que não irá render. Achei, inclusive, esse requerimento dela bem confuso, pois como ela fala que quer colaborar e ao mesmo tempo ficar calada? O acusado em uma investigação ele não pode contribuir contra si mesmo, mas ele tem o direito de falar em sua defesa e muitas vezes até provar sua inocência. Então vou aguardar a perícia e concluir o inquérito porque estou com as mãos atadas", disse Christian Cabral.

Agora, a investigação deverá ser finalizada com os laudos periciais, vídeos gravadas pelas câmeras de segurança dos pontos comerciais e depoimento de testemunhas.

O caso - No dia do acidente, a médica alegou não ter percebido que atropelou uma pessoa. Achou que fosse um animal e sequer parou o veículo. Uma testemunha que presenciou o acidente seguiu o veículo até o condomínio onde o casal de médicos mora e depois acionou a Polícia. Levada para a Central de Flagrantes, Letícia se negou a fazer o teste do bafômetro. Ao passar por audiência de custódia, ela teve prisão preventiva decretada pelos crimes de omissão de socorro, lesão corporal, homicídio doloso e direção perigosa.

A médica ficou detida no presídio feminino Ana Maria do Couto May por 3 dias até conseguiu um habeas corpus dado pelo desembargador Orlando de Almeida Perri do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O magistrado considerou que Letícia não apresentava evidências de embriaguez, possui “bons predicados pessoais”, além de ter um filho de um ano de idade.

Por outro lado, o juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, requereu que uma equipe de assistência social averigue se a criança depende exclusivamente da guarda e dos cuidados da mãe. A determinação foi feita com base no pedido do Ministério Público do Estado (MPE), que busca obter nova prisão da médica.





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