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POLÍTICA
Sexta - 01 de Junho de 2018 às 16:40
Por: Janaiara Soares, repórter de A Gazeta

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João Vieira
Mauro Savi está preso desde o dia 9 de maio
Mauro Savi está preso desde o dia 9 de maio

O esvaziamento das sessões plenárias na Assembleia Legislativa seria fruto de uma articulação dos próprios deputados estaduais para não ceder a uma suposta pressão para apreciar a mensagem que revogaria o mandado de prisão preventiva que pesa contra Mauro Savi (DEM), preso durante a Operação Bônus, segunda fase da Bereré, deflagrada no início de maio.

A afirmação partiu de parlamentares que preferiram não se identificar. Segundo eles, as contas do governo Pedro Taques (PSDB) referentes ao exercício de 2016, na pauta de votação há algumas sessões, tem sido usadas apenas como justificativa para a falta de quórum.

Mauro Savi é acusado de ser um dos líderes de um esquema de pagamento de propina com dinheiro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Logo que foi preso, os deputados ensaiaram votar uma mensagem que anularia a decisão do desembargador José Zuquim Nogueira, mas acabaram recuando diante do desgaste que a hipótese causou em relação ao Poder Judiciário.

Outros deputados, porém, sustentam que as ausências em plenário tem como motivo o não pagamento de emendas parlamentares. Segundo eles, para a maioria o governo pagou apenas cerca de 20% do que foi empenhado nos últimos três anos. Alguns, mais próximos ao governador, no entanto, teriam conseguido a liberação de até 80% dos recursos indicados. Entre eles estariam Max Russi (PSB), ex-secretário da Casa Civil, e Wilson Santos (PSDB), líder do governo na Assembleia.

Cada deputado tem direito a indicar no orçamento como serão investidos R$ 5 milhões, o que totaliza R$ 120 milhões em emendas impositivas para obras e ações. Os valores são pagos pelo governo as prefeituras contempladas.

O imbróglio das contas do governo começou no início do ano, quando Zeca Viana (PDT) pediu vista do projeto. De lá para cá, as comissões permanentes da Assembleia receberam novos membros e a mensagem chegou a ser aprovada em uma delas.

Viana acionou a Justiça, alegando que a votação havia ocorrido de maneira irregular. A desembargadora Maria Erotides Kneip indeferiu o pedido liminar e apontou equívoco de interpretação. Mesmo assim, Wilson Santos, presidente da comissão, decidiu refazer a votação e conseguiu aprovar, novamente, as contas.
Agora, o parecer votado precisa ser aprovado também por todos os deputados em plenário.





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